Há mais um madeirense vítima mortal na catástrofe de Las Tejerias
Paulo Cafôfo vai hoje ao estado venezuelano de Arágua
Há mais uma vítima mortal a lamentar na catástrofe de Las Tejerias, na Venezuela. Trata-se de um cidadão madeirense, Daniel Gonçalvez, tinha 54 anos e estava desaparecido desde 8 de Outubro.
“Infelizmente a juntar-se às duas vítimas mortais, uma portuguesa da Ponta do Sol e um lusodescendente, temos um outro lusodescendente de 54 anos que foi encontrado sem vida”, confirmou o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
“Lamento muito esta situação, endereço à família as maiores condolências num momento que sei que é doloroso, mas o governo português através na nossa rede consular e da nossa embaixada, tem estado num trabalho de proximidade, de levantamento mas também de apoio a estas pessoas”, garantiu.
Paulo Cafôfo promete que o seu governo irá diligenciar todos os mecanismos de auxílio para que as pessoas não sintam sós. “Hoje irei deslocar-me não as Las Tejerias, porque não tivemos autorização do governo da Venezuela, mas irei à localidade mais próxima, particularmente à Casa Portuguesa de Arágua, em Maracay, onde irei manter contactos com muitos portugueses que foram afectados", afirmou explicando o motivo de ter cancelado parte do programa que tinha para assim "fazer um ponto de situação relativamente aos dados às vítimas e danos resultantes da catástrofe".
"Vamos fazer registo de dados biométricos das pessoas que estão indocumentados. Será um trabalho no local, de um registo daqueles que não têm documentos ou que estão inválidos", adiantou o que pretende para já efectuar nesta acção que visa conseguir "perceber a dimensão" mas também "delinear estratégia para termos mecanismos de apoio".
50 mortos confirmados
No aluimento de terras, que ocorreu no sábado passado, em Tejerias, no centro da Venezuela, há pelo menos 50 pessoas mortes confirmadas, como garantiu o ministro do Interior e da Justiça, Remigio Ceballos.
O ministro não referiu o número de desaparecidos, que estavam em 56, nem ao número de casas destruídas, 400, de acordo com o balanço de terça-feira feito pela vice-Presidente venezuelana, Delcy Rodriguez.
A cidade, localizada a cerca de 70 quilómetros de Caracas, ainda está sob o controlo de mais de 3.200 funcionários, incluindo centenas de militares, enquanto toneladas de ajuda humanitária estão a chegar para ajudar os sobreviventes.