Associação de reformados
Os pensionistas e reformados da Madeira precisam urgentemente de uma voz forte que os defenda dando a cara pelos reformados. Que reivindique junto dos Governo melhores condições de vida para esta classe que está votada ao abandono. Temos reformados, pensionistas e inválidos a viver em condições de vida miseráveis, alguns a ganhar menos de 300 euros/mês, isto equivale a 10€ por dia o que mal dá para alimentar-se mas já não dá para medicamentos vestir e calçar. Isto é miséria própria de terceiro mundo, não de um país europeu. Que condições de vida podem ter estas pessoas? Ou têm familiares que os ajude ou vivem de esmolas porque ninguém consegue viver com dignidade com10€ por dia. O ordenado mínimo tem aumentado e os trabalhadores do privado têm algum aumento, agora os reformados e pensionistas têm aumentos de 6 ou 8 euros/mês. Os aumentos não podem ser feitos em percentagem, visto que quem ganha pouco, os aumentos não são significativos. Que me desculpe a ARP IRAM (associação de reformados e pensionistas da Madeira) pois têm uma intervenção muito fraca e não se tem feito ouvir.
A primeira reivindicação séria e forte que uma associação de reformados terá de fazer é reivindicar um valor mínimo de 500 euros para todos os reformados e pensionistas que ganhem abaixo disso e o consequente aumento anual, conforme a inflação. É o mínimo exigível para continuar a viver pobre mas com um pouco de dignidade. Um vencimento de 300 euros não é um vencimento aceitável é apenas uma esmola para sobreviver mal e parcamente. Foram os homens e mulheres reformados de hoje que trabalharam para que os trabalhadores de hoje tenham melhores condições de vida.
A título de exemplo, veja-se que quem foi “obrigado” a reformar-se há 20 anos com reforma negociada de 280€, hoje ganha cerca de 300 euros no entanto o ordenado mínimo nessa altura rondava os 400 euros e hoje está em 723 euros. Enquanto os pensionistas aumentaram cerca de 20 euros/mês, o salário mínimo aumentou mais de 300 euros. No entanto o custo de vida aumentou igual para todos.
Os reformados da Madeira têm que organizar-se e fazerem ouvir a sua voz, senão a desigualdade continuará a aumentar.
Juvenal Rodrigues