Bloco de Esquerda manifesta-se pela defesa da floresta Laurissilva
O Bloco de Esquerda manifestou-se, esta tarde, junto à Empresa de Electricidade da Madeira, no Funchal, "pela defesa da nossa floresta e do nosso património natural".
A iniciativa contou com a presença da QUERCUS, representada pela sua coordenadora regional, Elsa Araújo, e da Iris - Associação Nacional de Ambiente, representada pela coordenadora regional, Liliana Valente, entre outros cidadãos que se associaram a esta causa. O protesto decorreu à margem do 9.º Congresso Florestal Nacional sob o tema: 'Sustentabilidade da Floresta Portuguesa: valorizar, um desafio colectivo'.
"Pretendemos alertar os especialistas presentes no congresso para a realidade que está para além do discurso oficial e auto-elogioso do Governo Regional da Madeira. E essa realidade não é amiga do Ambiente", afirmou a coordenadora regional do Bloco em comunicado de imprensa.
Dina Letra deu também conta de que "foram muitos os que se interessaram e nos questionaram sobre a nossa presença ali e a quem tivemos oportunidade de transmitir os graves atentados ambientais que estão a acontecer na Madeira, muitos deles perpetrados pelo próprio Governo Regional da Madeira". Como exemplos, apontou a estrada da Ginjas, "em pleno coração da floresta Laurissilva" ou o teleférico do Curral das Freiras, "que integra a Rede Natura".
"A floresta Laurissilva encontra-se protegida por legislação regional, nacional e internacional; é património da humanidade pela UNESCO, tem de ser preservada e protegida. Não é isso que está a acontecer", reforçou Dina Letra, que diz ser "incompreensível e incoerente esta atitude do Governo Regional que esteve anos a fio a promover a ilha e a floresta Laurissilva como ex-libris da Região (...) para depois estar a contribuir de forma tão directa para a degradação deste património que é único e uma autêntica fonte de biodiversidade".
Numa outra nota, o BE exigiu também mais espaços verdes nas cidades, "para as pessoas e as famílias poderem usufruir".