TAP sem prazo para vender participação na Groundforce
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, disse hoje que a TAP não tem, atualmente, um prazo definido para a venda da participação na Groundforce, que é um compromisso previsto no plano de reestruturação.
"A TAP não tem, neste momento, nenhum prazo para fazer a sua venda [da participação na Groundforce], há esse compromisso, mas nós não temos esse prazo estabelecido", respondeu o ministro das Infraestruturas e da Habitação à Iniciativa Liberal (IL), no debate requerido pelo PSD sobre a privatização da TAP, que decorreu esta tarde, na Assembleia da República.
Pedro Nuno Santos lembrou que a empresa de assistência em aeroportos ('handling') está em processo de insolvência e, por isso, ainda não há prazos para a venda.
A Comissão Europeia impôs que a TAP vendesse ou alienasse as participações no 'handling' e no 'catering', bem como a Manutenção e Engenharia Brasil (ME Brasil), como remédios para a aprovação da ajuda estatal à companhia aérea.
A ME Brasil foi encerrada ao longo deste ano, após tentativas de venda, sem sucesso.
No dia 22 de setembro de 2021, os credores da Groundforce, reunidos em assembleia de credores, no tribunal de Monsanto, Lisboa, aprovaram a recuperação da empresa, tal como sugeriam os administradores de insolvência, avançou, na altura, fonte sindical à agência Lusa.
A maioria dos credores representada na assembleia tem créditos laborais, ou seja, são trabalhadores. Estão ainda representados os maiores credores do grupo de 'handling' (assistência nos aeroportos em terra).
A lista de credores da Groundforce, compilada durante o processo de insolvência da empresa, conta com 2.791 entidades, num total de mais de 154 milhões de euros, sendo que a TAP viu reconhecidos créditos de quase 19,7 milhões de euros.