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Marcelo saúda votação nas Nações Unidas e assinala a sua "amplitude geográfica"

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou hoje a "votação expressiva" na Assembleia Geral das Nações Unidas a condenar as anexações de regiões ucranianas pela Rússia e assinalou a sua "amplitude geográfica".

Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado "saúda o resultado da votação" de quarta-feira "expresso numa muito ampla rejeição das recentes decisões de anexação de regiões da Ucrânia por parte da Federação Russa", com 143 votos a favor, cinco contra e 35 abstenções.

Marcelo Rebelo de Sousa assinala "a amplitude geográfica da votação, coincidente (e até mais alargada) com outras resoluções condenatórias da agressão russa à Ucrânia aprovadas nos últimos meses", considerando que "revela a estabilidade da firme rejeição global às violação do direito internacional, da segurança e da paz". 

O Presidente da República referiu-se também à resolução aprovada na quarta-feira pela Assembleia Geral das Nações Unidas na abertura da 5.ª Conferência de Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, sobre o tema "Rumo a uma nova ordem mundial?".

Na sua intervenção, o chefe de Estado defendeu que procurar "desfazer a suposta coesão entre autocracias" e sugeriu que se discuta "com alguma dose extra de sofisticação e realismo a questão entre democracias e autocracias".

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que a "suposta coesão entre autocracias" tem sido "patente, aliás, em abstenções recentes ou atuais em em relação ao comportamento da Federação Russa".

Segundo o Presidente da República, contudo, a votação de quarta-feira nas Nações Unidas "confirmou uma tendência muito importante quanto à inevitabilidade de certas votações, quando se trata do mínimo de respeito do direito internacional em casos críticos de consequências mundiais graves de mais".

"Aí as solidariedades autocráticas param, só com o pensamento da aplicação de condutas análogas em situações também análogas que dizem respeito àqueles que são chamados a votar", considerou.

A resolução adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas a condenar as anexações de regiões ucranianas pela Rússia teve votos contra da Bielorrússia, da Coreia do Norte, da Nicarágua e da Síria, além da própria Federação Russa.

China e índia foram dois dos 35 Estados-membros das Nações Unidas que se abstiveram.

Entre os países de língua portuguesa, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, Timor-Leste votaram a favor da resolução. Moçambique absteve-se.

São Tomé e Príncipe foi um dos dez países que não participaram nesta votação.