A Guerra Mundo

Forças pró-russas dizem que estão às portas de Bakhmut

Foto ANATOLII STEPANOV/AFP
Foto ANATOLII STEPANOV/AFP

As forças pró-russas disseram hoje que estavam às portas de Bakhmut, após capturarem duas aldeias perto desta cidade, no leste da Ucrânia, que tentam conquistar desde o verão.

De acordo com uma mensagem publicada na rede social no Telegram pelos combatentes separatistas de Donetsk, as suas forças tomaram o controlo das aldeias de Opytne e Ivangrad, ao sul de Bakhmut, uma cidade que tentam capturar desde agosto, na única região onde as tropas de Moscovo estão a avançar neste momento.

O Exército ucraniano declarou hoje que repeliu os ataques russos em Ivangrad, Bakhmut e outras aldeias mais ao sul nesta linha de frente da guerra na Ucrânia.

A cidade de Bakhmut, que tinha cerca de 70.000 habitantes antes da guerra, conhecida pelo seu vinho e pela sua mina de sal, tem sofrido com os combates cuja intensidade tem aumentado nas últimas duas semanas.

Os jornalistas da agência de notícia AFP disseram, na quarta-feira, que a cidade está em grande parte vazia e que se ouve constantemente troca de tiros de artilharia e armas de fogo.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente Vladimir Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.221 civis mortos e 9.371 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.