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Condenação na ONU de "anexações ilegais" russas envia "mensagem clara" a Moscovo

Foto  EPA/YURI GRIPAS/POOL
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A condenação pela maioria dos países-membros da Assembleia-Geral da ONU das "anexações ilegais" russas de território ucraniano enviou uma "mensagem clara" a Moscovo, disse, na quarta-feira, o Presidente dos Estados Unidos.

Joe Biden sublinhou que esta posição mostra que a Rússia não pode "apagar um Estado soberano do mapa".

O chefe de Estado norte-americano acrescentou, numa declaração, que "143 nações estiveram do lado da liberdade, soberania e integridade territorial".

Na quarta-feira, os 193 Estados-membros da Assembleia-Geral da ONU aprovaram, por 143 votos a favor, uma resolução que condena a anexação de territórios ucranianos pela Rússia, reforçando o isolamento de Moscovo na cena internacional.

Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte e Nicarágua votaram contra, e 35 países abstiveram-se, incluindo China, Índia, Paquistão e África do Sul.

Além de exigir que a Rússia reverta a anexação de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia, a resolução declara que as ações de Moscovo violam a soberania e a integridade territorial da Ucrânia e são inconsistentes com os princípios da Carta da ONU.

A resolução condena claramente os "chamados referendos ilegais" da Rússia e a "tentativa de anexação ilegal" e diz que são inválidos à luz do direito internacional.

O texto promove também a resolução do conflito através de "diálogo político, negociação, mediação e outros meios pacíficos", no respeito das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia e dos princípios da Carta da ONU.