Acordo entre Israel e Líbano trará estabilidade e prosperidade à região
O acordo de demarcação de fronteiras marítimas entre Israel e Líbano, aprovado hoje pelos Governos dos dois países, será "claramente benéfico para a estabilidade e prosperidade da região", disseram fontes oficiais da ONU.
No seu 'briefing' diário à imprensa, Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou este acordo que finalmente delimita uma fronteira marítima permanente, afirmando tratar-se de "uma evolução positiva".
Dujarric reiterou que a ONU "continua muito comprometida com as partes" e disse que a organização continuará a apoiar este processo em estreita coordenação com os Estados Unidos, que mediaram o acordo, já que Israel e Líbano não têm relações diplomáticas.
O acordo entre Israel e Líbano encerra assim uma longa disputa sobre a demarcação de águas ricas em gás no Mediterrâneo e marca o fim de meses de negociações intermitentes que começaram em 2020.
O território em questão é composto por cerca de 860 quilómetros quadrados de mar, que abrange os campos de gás Karish e Qana, e permitirá ao Estado judeu explorar o primeiro e ao seu vizinho árabe o segundo, de acordo com uma versão final do texto divulgado hoje pela imprensa israelita.
Líbano e Israel entraram em guerra pela última vez em 2006, um conflito que durou 34 dias e resultou na morte de cerca de 1.200 libaneses e 165 israelitas.
Desde então, os dois países vizinhos vivem num clima de pacificação, o que não impediu confrontos esporádicos com ataques com 'rockets' entre o exército israelita e as milícias do movimento xiita libanês Hezbollah.