Turismo Madeira

Nuno Morna alerta para 'quebra' de reservas para a Madeira no Inverno

Coordenador da Iniciativa Liberal na Madeira acusa o Governo Regional de "passividade" e falta de "estratégia de promoção do destino"

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O coordenador da Iniciativa Liberal na Madeira, Nuno Morna, veio hoje a público  acusar o Governo Regional de "passividade" e falta de "estratégia de promoção do destino" Madeira, face a uma alegada redução de reservas para a Madeira na operação Inverno.

"Nos últimos dias têm-nos chegado várias informações a dar conta de uma redução de reservas para a Madeira na operação Inverno, mais concretamente, a partir de Janeiro. Essa quebra é mais significativa com o mercado alemão, mas é de prever que o mesmo aconteça com outros mercados como o inglês, por via da crise inflacionista e de energia em que vivemos", expõe Nuno Morna em comunicado remetido à imprensa.

Segundo o coordenador da IL, "quem se queixa são os agentes de viagens e os hoteleiros", mas "o Sr. Secretário do Turismo não sabe de nada", atira.

Nuno Morna diz que os dados avançados têm como base "uma breve e não exaustiva busca por informação", a partir da qual conseguiu apurar que "a Sundair deixará de operar para Bremen e Düsseldorf, a Corendon reduz todas as operações significativamente (Colonia, Düsseldorf, Nuremberga, Hanôver, Munster), a Eurowings cancelou, por agora, uma frequência (Düsseldorf)".

"Só com isto falamos de milhares de entradas", sublinha.

O coordenador regional do partido, reconhece que "o destino Madeira teve, sem qualquer dúvida e dadas as circunstâncias, um excelente 2022", mas nota que "em Novembro já aí vem um arrefecimento" e que o "que tivemos este ano, está longe de ser esperado em 2023".

Neste contexto, acusa o Governo Regional de não ter "uma política de promoção estruturada, que nos diferencie dos outros, que seja apelativa".

Não há um plano concreto, uma estratégia de promoção do destino. Vivemos de medidas desgarradas e sempre na direcção do vento. O que conta são os prémios do clique… um drama não o termos ganho este ano. Ainda veremos alguém defender uma relação de causa/efeito entre os World Travel Awards e esta quebra de dormidas.

"A passividade em relação a 2023 é muito preocupante. Os agentes ajustam-se, medem constantemente o mercado fazendo benchmark, de modo a aferir o aprimoramento de processos, produtos e serviços. A conversa oca e 'achista' do costume, nada lhes diz", insiste Nuno Morna, que é da opinião que "agir de imediato no mercado seria do mais elementar bom senso". 

Morna contraria ainda as afirmações do presidente Miguel Albuquerque de que 'já temos marcações a partir de Abril muito significativas'". "Dos contactos que efectuámos ninguém confirmou nada disto. Das duas uma, ou o presidente do Governo sabe de coisas que nem os hoteleiros sabem, ou mentiu", observa.

"Se 2023 for um bom ano turístico, afastamos o cenário de recessão. Se isso não acontecer, sofreremos bastante. É o problema de termos a economia sustentada por um único produto, o turismo. Uma verdadeira monocultura", conclui.