"Perante as adversidades temos de encontrar as melhores soluções"
O secretário regional da Economia, Rui Barreto, fez parte, esta manhã, do painel que abordou 'A perspectiva da economia e das empresas', no âmbito da 'Portugal Smart Cities', que está a decorrer na Feira Internacional de Lisboa (FIL).
Durante a sessão, Rui Barreto considerou que para existir 'smart cities' são necessárias 'smart decisions', apontando algumas das soluções que o Governo Regional tem vido a apostar e a concretizar relativamente no plano das infra-estruturas, comunicações, formação e educação.
O secretário apontou, como exemplo, os nómadas digitais, um projecto que "surgiu num momento de particular adversidade", a pandemia, realçando que a Região criou a "primeira vila nómada digital na Europa", uma iniciativa que "acabou por ser um sucesso".
Perante as adversidades temos de encontrar as melhores soluções." Rui Barreto, secretário regional da Economia.
O projecto foi um sucesso porque foi bem desenhado do ponto de vista estratégico, foi bem feito porque identificámos as pessoas certas que conhecem a comunidade dos nómadas e porque no plano estratégico nós juntámos aquilo que é fundamental para que os nómadas venham, que é ter as condições e as infra-estruturas tecnológicas para eles poderem lá estar, como é a cobertura 5G, com rapidez na internet e no acesso de dados, mas também um espaço de ‘cowork’ e acolhimento.” Rui Barreto, secretário regional da Economia.
Este projecto permitiu colocar o nome da Madeira no mundo digital e do trabalho remoto, pois envolve "mais de 120 países" e já atraiu "mais de 6.000 trabalhadores nómadas que estão entre três a seis meses na Região".
Acrescentou que há uma lista, neste momento, com "15 mil inscritos, dos quais, cerca de 1.500 norte-americanos".
Outros dos aspectos focados por Rui Barreto foi a aposta na área tecnológica, a qual tem vindo a ser implementada de uma forma transversal, abrangendo a educação, mas também na área da saúde, apontando o exemplo da incubadora de desenvolvimento de software que nascerá com o novo hospital, e que contará com parcerias de 56 universidades à escala mundial e outros 46 centros de investigação e de competência.
Esta é, em seu entender, uma oportunidade para a Madeira que, sendo uma ilha, insular e ultraperiférica, e ao contrário das "agruras que teve de enfrentar durante muitos anos devido à descontinuidade territorial, poderá superar essas limitações com a tecnologia e as comunicações de dados de alto rendimento".
Estes nómadas digitais, alguns deles ficaram no Funchal, mas a grande maioria deles preferiu localidades mais pequenas no oeste ou até no norte da Ilha da Madeira inclusive Porto Santo, significa, por exemplo, no concelho onde o projecto foi desenvolvido, que o alojamento local ficou todo complecto, os restaurantes do dia-a-dia onde eles estavam a residir estavam cheios." Rui Barreto, secretário regional da Economia.
A Madeira, disse, tem sido uma região escolhida para serem desenvolvidas experiências piloto, para fazer testagens, que podem ser, depois, exportadas para qualquer parte do mundo, porque a tecnologia não tem limites, conforme se pode ver pelos resultados do projecto ‘Nómadas Digitais’ que o Governo Regional pretende manter de uma forma sempre sustentada e sustentável.