Ataques russos danificam instalações de energia em Dnipro
Os ataques russos contra a Ucrânia provocaram hoje danos graves em instalações elétricas na região de Dnipro, no centro do país, disse o governador local.
"Os russos dispararam mísseis contra as infraestruturas energéticas nos distritos de Pavlograd e Kamian, há uma destruição grave", disse Valentin Reznichenko, citado pela agência francesa AFP.
Segundo Reznichenko, "muitas povoações estão sem eletricidade".
Reznichenko apelou à população para poupar energia e disse que estão a ser tomadas medidas para permitir o funcionamento de "hospitais, transportes e outras infraestruturas sociais importantes".
No sul, "como resultado de ataques com 'drones' e mísseis, dois locais foram danificados" na região sudoeste de Vinnytsia, deixando pelo menos duas pessoas feridas, anunciou o comando militar local na rede social Facebook.
As autoridades da região de Lviv, na zona ocidental do país, também denunciaram novos ataques russos contra instalações elétricas, que provocaram cortes no fornecimento de energia.
Os serviços de emergência da Ucrânia tinham alertado a população para a "elevada probabilidade de ataques de mísseis em todo o território ucraniano" ao longo do dia de hoje.
A Rússia confirmou que lançou hoje novos "ataques maciços com armas de longo alcance e de alta precisão" contra locais militares e instalações elétricas na Ucrânia.
O porta-voz das Forças Armadas russas, Igor Konashenkov, disse que os ataques foram bem-sucedidos, mas sem precisar que locais foram atingidos.
Trata-se do segundo dia consecutivo de bombardeamentos do género, depois de a Rússia ter atacado dezenas de cidades na segunda-feira, incluindo a capital ucraniana, Kiev.
As autoridades ucranianas disseram que os ataques de segunda-feira provocaram pelo menos 19 mortos e uma centena de feridos.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse, na segunda-feira, que ordenou os bombardeamentos na sequência da destruição parcial da ponte da Crimeia, no sábado.
Putin acusou os serviços secretos da Ucrânia de responsabilidade pelo "ataque terrorista" contra a ponte que liga a Rússia à Crimeia, a península ucraniana anexada por Moscovo em 2014.
Os bombardeamentos russos foram condenados pelos aliados da Ucrânia, incluindo Portugal, e serão discutidos pelo G7 numa reunião urgente convocada para hoje.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai participar na reunião.
O grupo das sete economias mais desenvolvidas é constituído por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
A União Europeia (UE) também está representada no grupo.
A guerra na Ucrânia foi desencadeada pela invasão russa do país, em 24 de fevereiro deste ano.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas partes em conflito não podem ser verificadas de imediato de forma independente.