Madeira

Bloco de Esquerda Madeira defende controlo de preços de bens alimentares

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O Bloco de Esquerda Madeira associou-se à campanha nacional do partido 'Demais é demais' e esteve, esta manhã, em contacto com a população junto do hipermercado Continente, em São Martinho (Funchal).

"Ouvimos muitas reclamações e descontentamento com os sucessivos aumentos dos preços dos bens alimentares, em contrapartida com os baixos salários que recebem, que quase não dá para pagar todas as contas e que tem de ser muito, mas muito esticado que conseguir chegar ao final do mês", refere Dina Letra em comunicado remetido às redacções.

A coordenadora regional do BE que, resto, considera que "foram sempre os salários e as pensões a pagar todas as crises".

"Foi sempre quem trabalha a sofrer os cortes e a suportar os aumentos dos preços de bens e serviços essenciais. Em todas as crises assistimos ao aumento das desigualdades e do fosso entre ricos e pobres. E o remédio aplicado foi sempre o mesmo e não resultou, nem tão pouco é a solução para combater a inflação", defendeu.

A líder bloquista entende que "precisamos de outra receita" e propõe controlar os preços dos bens alimentares essenciais. "Foi possível fazê-lo durante a crise pandémica; é possível fazê-lo agora e temos de o fazer já", sublinha, insistindo também na necessidade de "aumentar salários e pensões".

"Não compreendemos a resistência do Governo em taxar os lucros escandalosos do sector energético e da grande distribuição, que distribui, pelos seus accionistas, dividendos que resultaram do empobrecimento da população. Como não aceitamos a resistência do Governo Regional da Madeira em não utilizar todos os instrumentos que a autonomia lhe dá para ajudar a sua população em mais este momento tão difícil", atira Dina Letra, lembrando que "quem governa a Madeira tem poder para baixar as taxas do IVA, para aumentar o salário mínimo regional, para aplicar a gratuitidade das creches e dos transportes públicos para todos os estudantes, por exemplo".