Israel reabre fronteiras a turismo apesar de estar a registar 'picos' de infecções
Israel reabriu hoje a suas fronteiras a turistas vacinados contra a covid-19 ou recuperados da doença, depois de mais de um mês de encerramento para conter a propagação da variante Ómicron do novo coronavírus.
Quem pretender visitar Israel com visto de turista pode, assim, faze-lo a partir de hoje, desde que cumpra os requisitos de vacinação determinados pelo Ministério da Saúde israelita.
Esses requisitos incluem que a pessoa tenha o esquema vacinal completo com qualquer uma das vacinas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou com a vacina Sputnik, desde que não tenham passado mais de seis meses desde a última dose administrada.
Quem já teve a doença deve demonstrar que obteve resultado positivo num teste de SARS-Cov-2 nos últimos seis meses ou que recebeu pelo menos uma dose de vacina aprovada pela OMS, antes ou depois de testar positivo.
Os turistas que entram em Israel devem apresentar um teste negativo para a covid-19, realizado nas 72 horas anteriores ao voo, e efetuar outro teste no aeroporto, na chegada, após o que devem permanecer em quarentena até que seja obtido um resultado negativo.
A expectativa inicial era que nesta reabertura de fronteiras, Israel limitasse a entrada de turistas de países sem taxas de infeção elevadas, mas na quarta-feira o país decidiu abolir a chamada 'lista vermelha' de destinos para os quais os israelitas não tinham permissão para viajar e dos quais era proibida a entrada.
Desta forma, deixam de se aplicar restrições específicas em função da taxa de infeção nos países.
O encerramento das fronteiras há mais de um mês tinha como propósito conter a propagação da variante Ómicron, mas os resultados mostram que esta já se espalhou por todo o país e causou já 'picos' de novos casos a rondar os 20 mil diários.
A reabertura do país ao turismo acontece no momento de taxas mais elevadas de contágio desde o início da pandemia, devido à nova variante do vírus.
Dados divulgados hoje pelas autoridades de saúde de Israel indicam que no sábado foram contabilizados 17.521 novos casos, número ligeiramente inferior às 19.000 infeções detetadas um dia antes.