PS promete defender Madeira em Lisboa com diálogo e “sem gritaria”
O líder do Partido Socialista-Madeira, Paulo Cafôfo, e o cabeça-de-lista pelo círculo regional, Carlos Pereira, sublinharam, esta manhã, na apresentação da candidatura às eleições legislativas nacionais, que o PS é o partido que melhor consegue defender os interesses da Região em Lisboa, prometendo actuar com diálogo e "sem a gritaria" do PSD.
Durante a apresentação da lista de candidatos do PS-M à Assembleia da República, que decorreu no Centro de Congressos da Madeira, o líder dos socialistas madeirenses destacou a capacidade política comprovada, a competência, o mérito e a experiência dos elementos que compõem a lista, frisando que irão, acima de tudo, garantir a defesa dos interesses da Região. "Aquilo que nós queremos é reforçar a nossa influência na Assembleia da República, para bem da Madeira", afirmou.
Dando conta que há questões por resolver, Paulo Cafôfo sustentou que tal tem de acontecer com diálogo e "não como tem acontecido até agora, com tentativas de ruído que já deram fruto noutros tempos, mas que, hoje em dia, não resolvem absolutamente qualquer tipo de problemas". O presidente do PS disse que se hoje há queixas relativamente à Lei das Finanças Regionais e ao subsídio social de mobilidade, quem os aprovou e criou foi o PSD. O mesmo acontece em relação à questão dos juros da dívida: "É preciso lembrar que quem criou a dívida colossal e oculta foi o PSD, o que obrigou o Governo Regional da Madeira a contrair um empréstimo". "O PS não fica nas queixas, é proactivo e António Costa é o homem certo para poder, com diálogo, resolver os problemas, assim queira o Governo Regional do PSD", acrescentou.
O cabeça-de-lista também prometeu resolver as questões que interessam à Madeira com diálogo e “sem a gritaria” e as hesitações do PSD e “sem telefonemas para trás e para a frente”. “Esta boa equipa que está hoje construída não vai para a Assembleia da República fazer barulho e andar à gritaria. Vai para a Assembleia da República defender com elevação e dignidade os interesses da Madeira”. Carlos Pereira fez outro confronto com a lista do PSD e destacou que a sua equipa “tem uma liderança e um projecto” e “não precisa de nenhuma bengala na Região, com um chicote para tentar defender interesses absolutamente de personalidade e de caprichos pessoais”.
O ‘número 1’ da lista socialista voltou a garantir que “nunca como hoje a Madeira teve um governo e uma equipa de deputados na Assembleia da República que tivesse feito tanto pela Madeira” e, a propósito, apontou como exemplos o apoio financeiro para a construção do novo hospital e para os novos cabos submarinos, “mais dinheiro para o Serviço Regional de Saúde”, as alterações legislativas para o desenvolvimento do Registo de Navios, o cumprimento da Lei das Finanças Regionais e a manutenção da estabilidade do CINM.
Quanto a compromissos para o próximo mandato, Carlos Pereira dá prioridade a três medidas: revisão da Lei das Finanças Regionais aprovada pelo PSD, assegurar um aeroporto de contingência no Porto Santo como alternativa para os dias de inoperacionalidade do Aeroporto da Madeira e garantir a alteração do subsídio de mobilidade.
Por seu turno, o mandatário da candidatura , Thomas Dellinger, salientou que o lema escolhido – “Sempre com a Madeira” – "não são palavras vãs", mas que se baseiam num historial de duas legislaturas em que o contributo do PS foi essencial. O dirigente socialista criticou aqueles que "perseguem o eterno contencioso com o continente, minimizando-nos como ilhéus e fazendo de nós vítimas contínuas de um suposto lobo mau em Lisboa que espreita a cada momento e canto para dificultar a vida aos madeirenses". Elogiando a competência dos candidatos, o mandatário frisou que o lema da candidatura representa a negociação justa, em sede própria e em igualdade de circunstâncias, daquilo que a Madeira e os madeirenses e porto-santenses precisam.