Bloco de Esquerda abordou o tema da mobilidade e "os preços escaldantes"
Numa iniciativa junto ao Aeroporto da Madeira, a candidatura do Bloco de Esquerda às eleições legislativas nacionais abordou hoje o tema da mobilidade, particularmente relevante numa das alturas em que o aeroporto tem mais movimento - Natal e Fim-de-Ano - e em que os preços das tarifas são mais escaldantes para o bolso dos madeirenses e portossantenses.
Conforme referiu a candidata Luísa Santos,
“estamos numa altura em que os preços são exorbitantes, mas, como todos sabemos
as pessoas querem estar cá: estudantes, família, emigrantes e turistas, mesmo
apesar dos preços que terão de pagar. Isto é um fenómeno que na economia se
chama de rigidez da procura”. Destacou que “quando isto acontece é obrigação do
Estado regular os preços para proteger os passageiros.”
De acordo com Luísa Santos, “a liberalização foi um disparate que só levou ao
aumento e especulação dos preços, sendo que o subsídio de mobilidade, não nos
podemos esquecer, só surgiu como consequência dessa mesma liberalização. Antes
era através de contrato de serviço público prestado pela TAP.”
“A proposta de Lei sobre a mobilidade, aprovada pela Assembleia Regional e pela
Assembleia da República em 2019 e que foi suspensa pelo Governo do PS no final
deste ano, o que referia era que os residentes pagavam à cabeça um preço fixo,
que é exatamente o que já tivemos no passado.”
“O Governo Regional do PSD liberalizou o espaço aéreo da Madeira; o Parlamento
aprovou uma Lei que foi suspensa pelo Governo. A solução é voltar a um regime
de serviço público. Será o único modo de executar o preço certo para
residentes”, referiu Luísa Santos.
“Ouvimos queixas dos preços da TAP, mas as outras companhias áreas, na verdade,
também aproveitam para subir os preços nos momentos de maior procura”.