As linhas vermelhas do Costa
António Costa (AC) gosta de impor “linhas vermelhas” (LV) aos adversários políticos (AP) ignorando as que ele próprio ultrapassa. Uma LV que AC acusou Rui Rio (RR) de ultrapassar foi no debate com André Ventura (AV) na troca de palavras sobre a prisão perpétua.
Para termos a noção de quão ridícula e absurda foi a farsa montada por AC sobre este assunto basta ter em conta que na UE só 2 países, Portugal e Croácia, é que não têm a prisão perpétua prevista no seu sistema jurídico, todos os restantes a preveem com diferentes nuances para a sua aplicação. RR e bem disse a AV que era um assunto para ser discutido numa revisão constitucional e não ali. Perante o ar tão grave que AC encenou na comunicação que fez na CNN é de prever que caso viesse a ser de novo primeiro ministro de Portugal o país confrontar-se-ia com um grave imbróglio diplomático pois de certeza que cioso das suas “linhas vermelhas” o único país com o qual estabeleceria relações seria a Croácia, o que é mais uma razão para não votar no PS. AC não tem qualquer escrúpulo em ultrapassar LV e nos diversos debates na TV foi o único político que teve o desplante e a pouca ética de incluir a pandemia na sua propaganda eleitoral, tal como já tinha feito na campanha das autárquicas com o PRR. O êxito relativo no combate à pandemia deveu-se aos profissionais de saúde que lutaram até à exaustão, ainda que a ministra tivesse posto em causa a sua resiliência, e aos portugueses e portuguesas ao aderirem em massa à vacinação e às medidas de proteção. É preciso lembrar que o governo do PS de AC não encontrou entre todos os “boys” que recrutou nos últimos 6 anos, 1 que fosse capaz de pôr o processo de vacinação a funcionar eficazmente, tendo sido obrigado a recorrer às Forças Armadas para encontrar alguém que fosse capaz disso. Outras LV que AC e outros dirigentes do PS ultrapassam sem um mínimo de vergonha é a deturpação grosseira e sistemática do que disseram os seus AP.
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