Brício Araújo estranha “nervosismo do JPP quando tem de explicar a forma como gere dinheiros públicos”
O vereador da Coligação 'Cumprir Santa Cruz', Brício Araújo, diz estranhar o voto de protesto apresentado pelo executivo JPP relativamente a uma auditoria da Inspecção das Finanças.
"Não percebo este incómodo e esta reacção nervosa a um procedimento de controlo que é absolutamente normal nas entidades públicas", refere Brício Araújo, acrescentando que "os vereadores da Coligação PSD/CDS têm vindo a aprovar os apoios sociais no pressuposto essencial de que todos os procedimentos legais são cumpridos e de que as fontes de financiamento são as adequadas, sendo que, nestas circunstâncias, entendemos que há todo o interesse em apurar e em perceber se esses pressupostos são cumpridos para que tudo ocorra de uma forma clara, rigorosa e transparente, dentro da legalidade e da gestão rigorosa dos dinheiros públicos".
O vereador defende que "quem não deve não teme" e que este protesto do JPP "mostra que não está confortável, mostra que tem medo do controlo na gestão dos dinheiros públicos e que reage mal quando tem de explicar o que faz".
Brício Araújo reforça que "os mecanismos de controlo das entidades públicas existem e têm de funcionar", e sublinha que tem sido muito sensível em matéria de justiça social "apoiando sempre os que verdadeiramente precisam". Contudo, não aceita que "uma parte da sociedade tenha de pagar para dar a uma minoria que, podendo, não quer mesmo trabalhar, que não quer fazer nada". "Somos pela justiça social, mas contra a subsidiodependência. O JPP quer alimentar a pobreza, nós não. Nós queremos tirar as pessoas da pobreza e das situações de fragilidade assegurando-lhes sempre uma vida digna. Não fazemos política com a fragilidade dos outros. As nossas iniciativas sociais são discretas”, argumenta.
O vereador da Coligação 'Cumprir Santa Cruz' regista, ainda, a incoerência do executivo JPP que tenta fazer crer que não tem apoio governamental, enquanto recorre a programas de emprego do Governo Regional para colmatar a "diminuição no número de pessoal operacional da autarquia". "O JPP diz que espera entre 15 a 17 pessoas no âmbito destes programas do Governo. E são estes operacionais pagos pelo Governo Regional que desempenharão funções em Santa Cruz", refere Brício Araújo.
Nesta reunião da Câmara de Santa Cruz os vereadores da Coligação PSD/CDS apresentaram um voto de pesar pela morte de Manuel das Neves Vieira, "professor de música, fundador e presidente da Casa do Povo de Gaula, uma figura da freguesia e do concelho, mas acima de tudo um Homem da Região, um ser humano extraordinário que ficará sempre na nossa memória e a quem prestamos a nossa homenagem e o nosso reconhecimento pelo percurso brilhante, na música, na cultura, nas artes e tradições, pelo percurso pessoal de grande dedicação aos outros", diz Brício Araújo.