USAM defende que subida dos preços exige "robusto aumento" dos salários
"O crescente desfasamento entre a evolução dos rendimentos, particularmente dos salários e das pensões, e o aumento do custo de vida, reflecte-se também no aumento da pobreza e exclusão social no nosso país", alerta a USAM - União dos Sindicatos da Madeira num comunicado remetido esta quinta-feira, dia 6 de Janeiro à imprensa.
"No espaço de um ano, a pobreza afectou mais 230 mil pessoas e a população pobre ou em exclusão social ultrapassa os 2,3 milhões no final de 2020. Regista-se uma degradação na generalidade dos indicadores respeitantes à incidência e intensidade da pobreza, ao efeito conjugado da pobreza e da exclusão social, às desigualdades na distribuição do rendimento, às consequências no mercado de trabalho e aos efeitos da epidemia na saúde mental e na percentagem de crianças que tiveram aulas à distância. Os efeitos estenderam-se às principais categorias da população embora com maior severidade em relação a grupos sociais específicos como os desempregados e os reformados. Entre quem trabalha, a pobreza também aumentou, contrariando o discurso oficial e confirmando um enorme impacto, bem superior ao propalado pelo Governo", expõe a USAM, defendendo que "a degradação das condições de vida para a generalidade da população, não pode ser desligada das consequências".
Neste contexto, reivindica: "a urgência do aumento geral dos salários de todos os trabalhadores incluindo um maior aumento do salário mínimo nacional, e também das pensões, o combate à precariedade, bem como um aumento da protecção no desemprego e de outras prestações sociais".
"Nas eleições do próximo dia 30 de Janeiro é fundamental que o voto dos trabalhadores exija a alteração das opções e das políticas que instituíram este modelo que temos no nosso país e nas Regiões Autónomas, que haja efectiva resposta aos problemas e interesses dos trabalhadores e do país", apela ainda a USAM.