Madeira

JPP acusa PSD/CDS de "perseguição política" a Santa Cruz

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Élvio Sousa, em conferência de imprensa, esta manhã no Funchal, lembrou as palavras de Miguel Albuquerque, como presidente do Governo, quando “recentemente, acusou a autarquia de Santa Cruz, liderada pelo JPP, de "promover a subsidiodependência", apontando a "coincidência" de a autarquia de Santa Cruz ter recebido um oficio da Inspecção Regional das Finanças, no sentido de fazer uma auditoria aos fundos e aos subsídios dados às famílias.

Para o candidato à Assembleia da República, esta “acção política tem uma causa a montante: há aqui índices graves de perseguição politica por parte do Governo Regional PSD/CDS a Santa Cruz e ao JPP isto porque, em Julho do ano passado, Miguel Albuquerque ameaçou que iria pedir um inquérito à Câmara de Santa Cruz para saber o que as famílias estavam a receber e determinadas ligações a empresas”, referiu.

“Se não fosse este precedente, a acção de fiscalização da Inspeção Regional das Finanças seria perfeitamente normal até porque, quem não deve não teme e nós somos sujeitos a auditoria, como é obvio”, vincou.

Para Élvio Sousa, há aqui "uma perseguição política clara, uma instrumentalização clara dos departamentos do Governo, um claro abuso de poder da coligação PSD/CDS para lançar perseguição política às autarquias da oposição”.

Esta situação configura, no entender do JPP, “uma situação extremamente grave num Estado de Direito onde, um presidente do Governo age como sendo um agente persecutor da atividade dos demais, uma espécie de inquisidor da Santa razão financeira dos outros e isto configura, no nosso entender, um claro abuso de poder”, salientou o candidato.

Élvio Sousa lembrou, a título de exemploque “a Inspecção Regional das Finanças deixa passar em claro situações de irregularidades e de alegados esquemas de corrupção na Fajã da Ovelha”, situação que "foi denunciada pelo JPP e cuja auditoria permitiu reverter as injustiças".

E deixou a sugestão a  Miguel Albuquerque de "enviar a Inspeção Regional de Finanças, porque não, a uma casa na Ponta Delgada, branca, virada para o mar e com acesso ao mar?”

“Portanto, nós temos aqui sugestões claras para Miguel Albuquerque mandar configurar e a Inspeção Regional de Finanças a agir em conformidade”, concluiu.