Santa Cruz aprova voto de protesto pelo "ataque aos apoios às famílias"
A Câmara Municipal de Santa Cruz aprovou, hoje, dia 6 de Janeiro, em reunião de Câmara, um voto de protesto contra a "inspecção persecutória" aos apoios sociais dados às famílias e contra “as coincidências estranhas em política”.
O voto, aprovado apenas pela maioria JPP, foi explicado por Filipe Sousa "não como um voto contra a realização de auditorias", mas "por ser a primeira vez que a mesma ocorre no Município e por ser um ataque ao apoio que é disponibilizado às famílias que precisam".
O autarca disse ainda que "em política as coincidências são estranhas", lembrando que "recebeu a informação da auditoria no mesmo dia em que o presidente do Governo Regional classificou os apoios sociais da autarquia como sendo subsidiodependência".
Filipe Sousa garantiu "nada temer" e garantiu também que "todos os apoios estão devidamente regulamentados e orçamentados". “Eu próprio vou entregar pessoalmente toda a documentação, mas lamento a partidarização de um organismo importante, que desta forma funciona sobre pressão política e exerce uma ação tendo um alvo a abater”, vincou.
O presidente da Câmara considera ainda que "a Inspeção de finanças deveria ter axtuado quando a Câmara de Santa Cruz fez quase 20 milhões de euros de despesa não cabimentada e sem qualquer procedimento ou contrato, ou quando a Região atingiu seis mil milhões de euros de dívida, ou mesmo agora quando existe uma zona comercial do aeroporto que não tem artigo matricial, e qual não podem, por isso, ser cobrados os respectivos impostos, como o IMI".
“Este voto de protesto tem a ver com estas falhas e lacunas, e com esta promiscuidade de aproveitar organismos importantes para a coisa pública para perseguir quem ousa criticar", sustentou.
A coligação Cumprir Santa Cruz, por seu turno, votou contra o voto de protesto, tendo Brício Araújo explicado que "uma entidade pública não pode protestar contra auditorias".
Na reunião de Câmara foi também aprovado, desta feita por unanimidade, um voto de pesar, apresentado pela coligação 'Cumprir Santa Cruz', pela morte de Manuel das Neves Vieira, professor e um dos fundadores da Casa do Povo de Gaula.