eleições legislativas Madeira

CDU compromete-se a defender os direitos dos trabalhadores

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A candidata da CDU às Eleições Legislativas, pelo círculo da Madeira, reuniu-se esta tarde com USAM – União de Sindicatos da Madeira de forma a se inteirar da realidade em que esta estrutura sindical intervém.

Herlanda Amado constatou que “a realidade vivida por milhares de trabalhadores é dramática e completamente diferente do cenário traçado pelos Governos, PSD/CDS na Região, e Governo PS na República, confirmando todas as situações que a CDU tem denunciado”.

Segundo a cabeça de lista, não tem havido vontade política para garantir a melhoria das condições de vida das pessoas, “quando esta melhoria significativa está indissociavelmente ligada ao aumento dos salários e rendimentos dos trabalhadores, garantindo o direito ao trabalho com direitos”.

A pandemia da covid-19 foi um dos assuntos chamados ao encontro, já que, no entender dos intervenientes nesse encontro, a mesma veio potenciar o agravamento da realidade laboral em todos os sectores, nomeadamente com o lay-off e aquelas que entendem ser as perdas significativas de rendimento. Outros temas em cima da mesa foram o vínculo precário e temporário de milhares de trabalhadores que acabaram dispensados sem qualquer direito, bem como os salários em atraso.

Estas situações configuram um desrespeito pelos direitos dos trabalhadores, situação que “há muito que é uma prática comum e recorrente por algumas entidades patronais, com a conivência das entidades fiscalizadoras, que deveriam impedir que situações como estas continuem a acontecer, mas a pandemia serviu para tudo, e com o pretexto de medidas de combate à pandemia, existem entidades patronais ainda hoje que usam e abusam de praticas de desregulação dos horários de trabalho, ou da criação de bancos de horas que são geridas sem considerar a vontade e a vida familiar dos trabalhadores”.

Herlanda Amado recusa passividade quando muitos trabalhadores são “escravizados” sob a desculpa das dificuldades impostas pela covid-19, com os Governos a serem chamados à responsabilidade, uma vez que se esquecem que a valorização salarial é parte fundamental para garantir os direitos dos trabalhadores, e a pretexto da pandemia os seus direitos não podem ser roubados e não podem ser tratados como material descartável.

A candidata lembrou, na ocasião, que foi através da luta dos trabalhadores e das suas estruturas sindicais e das várias propostas apresentadas ao longo dos anos pela CDU no plano da Assembleia da República, que foram garantidos direitos que tinham sido roubados aos trabalhadores, “mas muito mais ainda temos que conquistar para que os trabalhadores vejam reconhecido o seu trabalho, no plano remuneratório e de direitos laborais”.

Entre as propostas da CDU a ter em conta, destaque para o aumento do Salário Mínimo Nacional, o aumento geral dos salários de todos trabalhadores, o fim da precaridade laboral, a garantia de que para cada posto de trabalho permanente seja concretizado um contrato efectivo, as 35 horas semanais para todos os trabalhadores, o fim da caducidade da contratação colectiva e a valorização das carreiras e das profissões.

A candidata da CDU afirmou ainda que "cada voto na CDU é um voto no aumento dos salários e pensões, é um voto que garante o direito a ter direitos, por isso, a 30 de janeiro, o voto que dá continuidade a este percurso de conquistas é o voto na CDU".