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Israel regista recorde histórico de novas infecções

Foto EPA/ABIR SULTAN
Foto EPA/ABIR SULTAN

Israel registou o maior número de novas infeções pelo novo coronavírus que provoca a covid-19, impulsionadas pela variante Ómicron, apesar das restrições a viagens e quarentenas obrigatórias, informou hoje o Governo.

O registo de 11.978 casos diagnosticados na terça-feira marca o maior número de novas infeções relatadas num único dia desde o início da pandemia.

O recorde anterior tinha sido estabelecido em 02 de setembro, com 11.345 novas infeções registadas durante a onda da variante Delta.

Estes dados foram impulsionados pela nova variante Ómicron, detetada pela primeira vez na África do Sul, que é aparentemente mais contagiosa, mas causa menos casos de doenças graves e morte - especialmente entre as pessoas vacinadas.

A vacinação rápida do país logo no início fez de Israel um líder mundial.

Israel iniciou em 31 de dezembro a campanha para administrar uma quarta dose da vacina contra a covid-19 a pessoas vulneráveis, na expectativa de mitigar os efeitos de uma nova onda de contágios devido à propagação da variante Ómicron.

Cerca de um ano após o lançamento de um plano de vacinação maciço através de um acordo com a empresa farmacêutica Pfizer e quase seis meses depois de ter começado a administrar doses de reforço, as autoridades sanitárias israelitas deram 'luz verde' para administrar a quarta dose de vacina a pessoas com o sistema imunitário comprometido.

O primeiro-ministro, Naftali Bennett, disse na terça-feira que os primeiros resultados de um estudo no Sheba Medical Center mostraram um aumento de quase cinco vezes dos anticorpos entre as pessoas com a 4.ª dose da vacina.

Israel está a mudar rapidamente as regras e práticas para se adaptar, incluindo reduzir as quarentenas para evitar que a economia feche.

A covid-19 provocou 5.448.314 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em diversos países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países.