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Grupo Media Capital repudia ataques informáticos na Impresa

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A Media Capital repudiou hoje os ataques informáticos de que foram alvo os 'sites' da Impresa, uma ameaça "à imprensa livre" e um "atentado à sociedade", manifestando a sua solidariedade com a dona da SIC.

Em comunicado, o grupo Media Capital "repudia os ataques informáticos de que foram alvo os sites do jornal Expresso, da SIC e da Exame Informática".

Estes ataques "não são apenas uma ameaça concreta à imprensa livre", refere a dona da TVI, salientando que "representam um atentado à sociedade, que tem o direito de se informar por meio de órgãos de comunicação social independentes e plurais".

A Media Capital "condena estes ataques e manifesta solidariedade com o grupo Impresa".

No domingo, a Impresa confirmou que as páginas eletrónicas do Expresso e da SIC, bem como algumas das suas páginas nas redes sociais, estavam temporariamente indisponíveis, devido a um ataque informático e que estavam a ser desencadeadas "ações no sentido de resolver a situação".

Segundo a CNN Portugal, "os 'sites' do jornal português Expresso e da SIC e SIC Notícias foram atacados por um grupo de 'hackers', conhecido como o Lapsus Group, na madrugada deste domingo", sendo exigido "o pagamento de um resgate para a desbloquear o acesso".

De acordo com a estação, "o 'site' da revista Blitz também foi afetado pelo ataque 'ransomware'".

"Os dados serão vazados caso o valor necessário não for pago. Estamos com acesso nos painéis de 'cloud' (AWS) entre outros tipos de dispositivos. O contacto para o resgate está abaixo", podia ler-se na mensagem disposta pelo grupo no endereço do semanário.

Os valores exigidos pelo grupo não foram detalhados.

Entretanto, a Impresa anunciou que iria apresentar uma queixa-crime contra os autores.

"O grupo Impresa tem trabalhado com as autoridades competentes, nomeadamente com a Polícia Judiciária e com o Centro Nacional de Cibersegurança, e apresentará uma queixa-crime", lê-se no comunicado enviado à agência Lusa no domingo.

A Impresa classificou o sucedido como um "atentado nunca visto à liberdade de imprensa em Portugal na era digital", e afirma que as páginas do Expresso e da SIC, "bem como algumas das suas redes sociais, foram esta manhã [domingo] alvo de um ataque informático".

"Os jornalistas dos dois meios da Impresa continuam a noticiar o que de mais relevante acontece no país e no mundo através das páginas que permanecem ativas do Expresso (#liberdadeparainformar) e da SIC, no Facebook, no Linkedin e no Instagram", assinalou ainda a empresa, no domingo.