Inundações no sul do Irão provocam pelo menos oito mortos e vários feridos
Pelo menos oito pessoas morreram na sequência das inundações provocadas pelas chuvas fortes que atingiram o sul do Irão, informaram hoje os 'media' estatais, que alertaram para as previsões meteorológicas que anteveem mais três dias de intensa precipitação.
"As inundações e chuvas que atingiram o sul do país nos últimos dias fizeram mais vítimas", disse o porta-voz do serviço de proteção civil, Mojtaba Khaledi, citado pela agência de notícias oficial Irna.
"Até agora, oito pessoas morreram e outras duas estão dadas como desaparecidas", acrescentou Khaledi, referindo ainda a existência de pelo menos 14 feridos nas províncias do sul.
A província de Fars foi a que registou o maior número de mortes, um total de cinco, segundo disse Rahim Azadi, funcionário local da proteção civil, que acrescentou que as chuvas fortes estão a provocar danos na "agricultura, infraestruturas e habitações urbanas e rurais".
A Cruz Vermelha iraniana forneceu "acomodações de emergência para mais de 3.000 pessoas, enquanto mais de 20.000 receberam ajuda", disse o chefe de operações de resgate e emergência, Mehdi Valipour.
"As casas foram inundadas e as infraestruturas, como estradas e redes de comunicações, estão danificadas", acrescentou Valipour, que indicou que mais de 500 equipas de salvamento e resgate estão a trabalhar nas áreas afetadas pelas enchentes, no sul e leste do país.
Estas condições meteorológicas devem durar até sexta-feira, de acordo com os serviços meteorológicos iranianos estatais.
As chuvas fortes que afetam o território iraniano atingiram ainda outros países no Golfo Pérsico, incluindo Arábia Saudita, Omã e Emirados Árabes Unidos, onde o mau tempo deve durar até quinta-feira, e ainda o Koweit, onde as escolas suspenderam as aulas e a realização de exames até segunda-feira.
O Irão tem sido muito fustigado por repetidas secas na última década, mas também por inundações regulares, devido a chuvas torrenciais.
Em 2019, as fortes chuvas que caíram no sul do país mataram pelo menos 76 pessoas e causaram danos estimados em quase dois mil milhões de euros.