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Telemóveis BlackBerry tradicionais deixarão de funcionar a partir desta terça-feira

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Os telemóveis BlackBerry tradicionais, com sistema operativo 7.1, 10, PlayBook OS 2.1 ou anteriores, deixarão de funcionar a partir de terça-feira, depois da decisão da empresa canadiana de cessar o serviço dos aparelhos, segundo a Efe.

A BlackBerry, que perante o domínio da Apple e dos telefones com sistema operativo Android decidiu, em 2015, transformar-se numa empresa de 'software', deixando a produção de telemóveis, disse que, a partir de terça-feira, as funções de dados, chamadas telefónicas, mensagens de texto e chamadas de emergência deixarão de funcionar de forma "fiável".

A companhia, que é considerada a inventora dos telefones inteligentes ('smartphones') e que, antes da aparição do iPhone, da Apple, dominou o mercado, informou em dezembro o fim dos serviços para os seus aparelhos, de acordo com a agência Efe.

A empresa canadiana acrescentou, no anúncio, o seu agradecimento aos "muitos clientes e sócios leais" que teve ao longo da sua história, que se iniciou em 1984, quando os empresários canadianos Mike Lazaridis e Doug Fregin criaram a Research in Motion (RIM).

Em 1999, a RIM lançou um 'pager', aparelho capaz de enviar e receber correio eletrónico, além de outras notificações, tendo o produto sido catalogado com o nome BlackBerry.

Quando a Apple lançou o seu primeiro iPhone, em 2007, o BlackBerry, com o seu teclado físico, era o telefone 'preferido' de altos executivos, famosos e políticos, e em 2009, os telemóveis da companhia representavam 20% do mercado de 'smartphones'.

A empresa continuou a apostar no teclado físico e nos clientes corporativos, ao passo que a Apple apostou nos ecrãs táteis, sem teclado físico, e nos consumidores individuais.

A pressão do iPhone e dos telemóveis com o sistema operativo Android, da Google, reduziu rapidamente as vendas dos aparelhos BlackBerry.

Em 2013, a empresa RIM anunciou a mudança de nome, precisamente, para BlackBerry, de forma a tentar relançar os seus produtos.

Porém, dois anos depois a BlackBerry reconheceu que não conseguia competir com a Apple e com o sistema Android, e anunciou que iniciaria um processo para se converter numa empresa de 'software', deixando de produzir telemóveis.