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Exilados venezuelanos instam Bachelet a salvar preso político em greve de fome

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O grupo Venezuelanos Perseguidos Políticos no Exílio (VEPPEX) instou, esta segunda-feira, a Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, a "salvar a vida" do "preso político" Igbert Marín Chaparro, há duas semanas em greve de fome.

"Ao tenente-coronel Marín Chaparro foram violados os direitos mais básicos, e é por isso que tomou a medida extrema da greve de fome, para pedir para ser ouvido por organizações internacionais", declarou o presidente do VEPPEX, José Antonio Colina, em comunicado.

Numa carta enviada a Bachelet, Colina pediu uma visita de representantes do Alto-Comissariado e de funcionários da Provedoria de Justiça da Venezuela.

O grupo VEPPEX, com sede em Miami, recordou que Marín é um tenente-coronel do Exército da Venezuela que se encontra detido desde 2018 na Direção de Contrainteligência Militar na Venezuela (DIGECIM).

"Alta-Comissária Bachelet, a senhora tem a possibilidade de enviar uma comissão para visitar o tenente-coronel Marín Chaparro e os outros presos políticos militares e, dessa forma, pode salvar a sua vida", escreveu Colina na missiva.

"Uma recusa em ouvir o seu caso implicará que o referido oficial prosseguirá a greve de fome até perder a vida, situação que já aconteceu antes com outros presos políticos na Venezuela", acrescentou Colina.

Marín Chaparro iniciou uma greve de fome para denunciar que tem sido alvo de "tratamento cruel, desumano e humilhante".

Segundo os dados difundidos pela organização Justiça Venezuelana, no país caribenho há 252 militares processados por razões políticas, 180 dos quais estão presos.

A organização não-governamental (ONG) Foro Penal denunciou no seu mais recente relatório, divulgado na passada quarta-feira, que no país há 244 pessoas detidas que são consideradas presos políticos, 112 das quais são civis e 132 militares.