eleições legislativas Madeira

“Não falei” com Cafôfo

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“Na política estamos à espera de tudo”. Foi com estas palavras que Emanuel Câmara começou por reagir, há pouco, ao desfecho eleitoral deste domingo, do qual o PS-M manteve a eleição de três deputados contribuindo para que António Costa e o PS a nível nacional obtivessem uma maioria absoluta com 117 eleitos. 

Menos 24 horas depois, o antigo presidente do PS-M aproveitou para fazer votos que os três deputados madeirenses [Carlos Pereira, Miguel Iglésias e Marta Freitas] “continuem com o bom trabalho que vinha a ser feito nos dois primeiros da anterior legislatura”, e da qual Olavo Câmara [filho] fazia parte.

Questionado se estaria à espera que os socialistas tivessem uma queda acentuada de votos, particularmente no concelho do Porto Moniz [em quatro freguesias apenas o PS venceu nas Achadas da Cruz], o autarca socialista voltou a ser lacónico, repetindo a declaração acrescentando uma sugestão: “Na política estamos à espera de tudo. Essas perguntas tem de fazer ao presidente demissionário do Partido Socialista”.

Insistimos, sobretudo se tinha falado com Paulo Cafôfo, de resto com quem chegou a manter uma relação muito próxima, mas mais uma vez foi taxativo: “Não falei”.

E mais não disse, evitando outras perguntas.

No entanto especula-se no Porto Moniz que o resultado averbado pela coligação PSD/CDS com 46,39% dos votos contra 38,7% do PS deve-se muito à fraca campanha que foi efectuada pelos apoiantes da família de Câmara justamente pelo facto de Olavo ter sido preterido.