Dormidas de turistas residentes aumentaram 19,2% na Madeira em 2021 face a 2019
"Em 2021, registaram-se decréscimos nas dormidas em todas as regiões, face a 2019, principalmente devido às reduções dos não residentes, tendo-se, contudo, registado crescimentos nas dormidas de residentes na RA Madeira (+19,2%) e no Algarve (+5,1%)", noticia esta manhã o Instituto Nacional de Estatística, que divulgou a estimativa rápida referente ao sector do alojamento turístico em Portugal para Dezembro e, por conseguinte, o primeiro balanço do ano passado.
Assim, em Dezembro de 2021 o país registou 1,1 milhões de hóspedes e 2,6 milhões de dormidas, "correspondendo a aumentos de 150,0% e 170,4%, respectivamente (+265,0% e +287,2% em Novembro, pela mesma ordem)", ambos face aos respectivos meses de 2020. Já "os níveis atingidos em Dezembro de 2021", situa, "foram inferiores aos observados em Dezembro de 2019, com reduções de 28,9% nos hóspedes e 26,7% nas dormidas", assinalando-se ainda assim diminuições já aceitáveis dado o contexto.
Por regiões, "em Dezembro, registaram-se aumentos das dormidas em todas", com destaque para a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 30,3% das dormidas" no mês, "seguindo-se o Norte (19,8%), a Região Autónoma da Madeira (15,3%) e o Algarve (14,7%)". Este dado é, quiçá, o mais surpreendente, com a Madeira a ultrapassar aquela que é a principal região turística do país e num período de férias e festas, embora no global do ano mantenha essa posição.
Além disso, frisa o INE, "em Dezembro, o mercado interno contribuiu com 1,1 milhões de dormidas (+92,6%) e os mercados externos totalizaram 1,5 milhões (+292,5%)", sendo que "face a Dezembro de 2019, registaram-se diminuições quer nas dormidas de residentes (-12,2%), quer nas de não residentes (-34,9%)", acrescenta.
Também frise-se que "em Dezembro, 36,0% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (34,8% em Novembro)", diz.
Como referido acima, "no conjunto do ano de 2021 (dados preliminares), os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 14,5 milhões de hóspedes e 37,5 milhões de dormidas, que se traduziram em aumentos de 39,4% e 45,2% (-61,6% e -63,2% em 2020, respectivamente)" e que "comparando com o mesmo período de 2019, os hóspedes decresceram 46,4% e as dormidas diminuíram 46,6% (-10,9% nos residentes e -62,0% nos não residentes)", salvando-se a Madeira e o Algarve no que aos residentes diz respeito, sendo que nas dormidas de não residentes, "verificaram-se diminuições superiores a 50% em todas as regiões, com excepção da RA Madeira (-49,8%)", diz.
Refira-se que "no conjunto do ano de 2021, todas as regiões apresentaram acréscimos no número de dormidas, com realce para as evoluções apresentadas pela RA Açores (+118,6%) e RA Madeira (+79,8%)", diz o INE. "Os acréscimos foram generalizados às dormidas de residentes, com destaque para a RA Madeira (+111,3%) e RA Açores (+99,1%), e também às de não residentes(com o maior aumento na RA Açores: +164,3%)".
Por fim, "o Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor em 2021, representando 16,6% das dormidas de não residentes, e aumentou 54,6% face ao ano anterior. Seguiram-se os mercados espanhol (quota de 14,3%), alemão (11,9%) e francês (11,8%)", conclui.