Maioria absoluta do PS, subida do Chega e IL e saída do CDS e Verdes mudam Assembleia da República
Uma maioria absoluta socialista, o Chega como terceira força, a perda de representação do CDS e de Os Verdes foram as principais alterações da Assembleia da República, resultantes das eleições de domingo, em relação às legislativas de 2019.
De acordo com os resultados globais, divulgados no site da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna (SGMAI), as legislativas de domingo foram ganhas pelo PS, com 41,68% dos votos e 117 deputados eleitos e o PSD foi o segundo partido mais votado, com 27,80% dos votos e 71 deputados, faltando ainda apurar os resultados dos círculos da Europa e Fora da Europa.
A taxa de abstenção foi de 42,04%.
As legislativas de 06 de outubro de 2019 foram ganhas pelo PS, que obteve 36,34% dos votos e elegeu 108 deputados. O PSD foi o segundo partido mais votado, com 27,76% dos votos e 79 deputados. Nessas eleições, a taxa de abstenção foi de 51,43%.
Além da maioria absoluta socialista, as legislativas de domingo mudaram o cenário parlamentar, com o Chega a ficar como a terceira força política (passando de um para 12 deputados eleitos), lugar que em 2019 era ocupado pelo Bloco de Esquerda (BE).
Também a Iniciativa Liberal, que há três anos foi o oitavo partido mais votado, elegendo um deputado, vê reforçada a sua presença no parlamento, passando para a quarta posição, ao eleger oito deputados, um lugar que em 2019 era ocupado pelo PCP.
O BE desceu uma posição, sendo agora a quinta força mais representada, sendo seguida pela CDU. O PAN vê a sua representação parlamentar descer de quatro deputados eleitos em 2019 para um, enquanto o Livre mantém um deputado no Parlamento
As legislativas de domingo ficam igualmente marcadas pela perda de representação parlamentar do CDS-PP, que em 2019 foi o quinto partido mais votado, elegendo cinco deputados, com o presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, a demitir-se no seguimento destes maus resultados. O Partido Ecologista `Os Verdes´, que concorreu em coligação com o PCP, perdeu a representação parlamentar.