"PSD-Madeira ganha margem de negociação se PS não conseguir maioria absoluta"
O cabeça-de-lista da coligação 'Madeira Primeiro', Sérgio Marques, afirmou, esta noite, que o resultado a nível regional foi "excelente", já que a aliança PSD-CDS aumentou a diferença percentual face à segunda força política mais votada e ganhou em todos os concelhos, com excepção de Machico. No entanto, adivinha "um trabalho duro na Assembleia da República" para os três deputados eleitos do PSD-Madeira, que têm maior margem de negociação caso o futuro Governo socialista não tenha maioria absoluta.
"Ainda não sabemos bem qual vai ser a correlação de forças, se vai haver maioria absoluta do PS ou se essa maioria poderá ser com o PAN e com o Livre. Se o PS não conseguir fazer maioria absoluta, poderemos ter maior margem de influência. Nesse cenário o PSD poderá ter uma palavra a dizer e nós, PSD-Madeira, teremos mais margem de negociação. Nesse sentido, é com grande sentido de responsabilidade que encararam a nossa missão nas Assembleia da República. Estamos predispostos a trabalhar pela Madeira na Assembleia da República para resolvermos os inúmeros dossiers que estão pendentes", disse Sérgio Marques, em plena Rua dos Netos, onde se juntaram algumas dezenas de militantes, sobretudo do PSD.
Quanto ao facto da coligação não ter conseguido eleger um quarto deputado no círculo regional, Sérgio Marques recordou que "sempre disse que era difícil" mas observou que PSD-CDS não ficaram longe desse objectivo. "Ganhámos claramente e aumentámos a diferença de votos para o PS. Isso constitui uma grande vitória para coligação", rematou.
O deputado 'laranja' considerou que é ainda "prematuro encontrar razões" para o mau resultado do PSD a nível nacional. Ainda assim, apontou uma justificação: "O voto útil funcionou melhor à esquerda do que à direita. À direita houve maior dispersão no Chega e na Iniciativa Liberal, que fizeram, de facto, excelentes resultados. O PS capitalizou mais o voto útil do que o PSD. Isso explica a diferença percentual".