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Costa recusa-se a projectar cenários mas está pronto para trabalhar consoante vontade dos portugueses

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O secretário-geral do PS recusou-se hoje a antecipar cenários sobre o resultado das eleições legislativas antes do fecho definitivo das urnas, mas afirmou que, se vencer, irá trabalhar "com aquilo que for a vontade dos portugueses".

"Eu não sou comentador, portanto não tenho que fazer cenários. Eu trabalharei com aquilo que for a vontade dos portugueses, e essa respeitarei e aguardei serenamente que ela seja conhecida", afirmou António Costa.

O líder socialista falava aos jornalistas à entrada do Hotel Altis, na rua Castilho, em Lisboa, onde decorre a noite eleitoral do PS e onde, em conjunto com os restantes membros do Secretariado Nacional socialista, irá acompanhar a evolução dos resultados das legislativas.

O também primeiro-ministro disse que não vale a pena especular sobre os resultados das eleições, afirmando que "as urnas já fecharam no continente, já fecharam na Madeira" e os portugueses que vivem fora do território nacional também "já exerceram o seu direito de voto".

"Estamos a alguns minutos de encerrar também as urnas na região autónoma dos Açores e, depois, mais duas horas, sabemos o resultado. Portanto, não vale a pena neste momento especularmos muito, basta só termos um bocadinho de paciência", frisou.

Questionado se ainda acredita numa maioria absoluta -- António Costa começou a campanha eleitoral a pedir essa maioria, tendo depois desistido desse desígnio durante a campanha --, o líder socialista respondeu: "Não tenho crenças".

Interrogado novamente se está preparado para sair do Hotel Altis sem ser primeiro-ministro, Costa afirmou que "a democracia é mesmo isso: sempre que é dada a palavra aos portugueses, os portugueses decidem se querem que uma pessoa exerça a função, se não querem que a pessoa exerça a função, se deve continuar, se deve sair".

"Faz parte da vida democrática. Eu como já, pelo menos desde 1993, dou a cara como candidato a eleições, já me aconteceu ganhar eleições, perder eleições, umas com maioria, outras sem maioria. Portanto, já me aconteceu tudo e isso faz parte da nossa vida", referiu.