‘Desvio’ da ambulância do Curral das Freiras revolta população
Queda de idosa, esta manhã no acesso à igreja, fez esgotar a paciência dos curraleiros
Queda de uma senhora de 70 anos na escadaria de acesso ao adro da igreja no Curral das Freiras provoca revolta nos presentes pelo facto da ambulância local no destacamento ter sido hoje deslocada para o quartel de Câmara de Lobos por orientação do Comando. Situação aliás que têm vindo acontecer periodicamente nos últimos tempos segundo alguns populares, que prometem manifestar o seu descontentamento ao presidente da Câmara, na tentativa de evitar que a situação volte a repetir-se.
De acordo com relato de um popular, “já outro dia caiu uma criança de 3 anos de idade no Lombo Chão e ambulância nossa - que é como chamam o meio - dizem que estava ocupada num exercício porque um desses elementos pertencia ao grupo do exercício e o comando quis que esse elemento participasse a todo custo mesmo que para isso deixasse uma população sem o seu único meio de socorro”, situação entendida como uma provocação, segundo o pai da criança, que queria deslocar-se ao quartel em Câmara de Lobos para pedir satisfação ao comando mas terá sido convencido por membros do destacamentos do Curral das Freiras para não o fazer.
António Abreu, um dos queixosos com o ‘desvio’ da ambulância, assegurou ao DIÁRIO que “isto não fica assim e a população vai se unir porque os bombeiros locais são uma conquista nossa depois de muitos anos de luta pagos com a vida de muitos que morreram no passado porque não tinham ajuda a tempo e não vai ser agora, depois de tantos anos, que vamos voltar a esse tempo, com o que se passou hoje”, manifestou.
No Curral das Freiras cresce a insatisfação e a convicção que a população dará a resposta a quem tem as responsabilidades no comando Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos. “Se não sabem mandar, apreendam, mas não prejudiquem a nossa população”, reclama Maria José, uma das testemunhas que esta manhã aguardou no local a chegada da ambulância para acudir a idosa vítima de queda. Com a intenção de, entretanto passar pela assembleia de voto e cumprir o dever cívico, “desta maneira já nem ponho lá os pés. Perdi o apetite”, desabafou.
A vítima depois de aguardar algum tempo pela chegada da ambulância, acabou por ser transportada ao hospital em viatura particular, face à demora na chegada do meio de socorro.