Regresso às aulas encarado com normalidade pela Saúde
Ainda não é certo que a testagem gratuita da população se prolongue além de Janeiro
Pedro Ramos diz não ter receio de que os números da pandemia possam aumentar com o regresso às aulas e uma consequente maior circulação e interacção de pessoas que daí advém.
“Eu receio não tenho, porque acredito que a nossa população é extremamente responsável”, dava conta o secretário regional da Saúde e Protecção Civil à margem da cerimónia de boas-vindas aos médicos internos que iniciam, agora, a sua formação no Serviço Regional de Saúde (SESARAM).
“Naturalmente que apanhar a covid-19 hoje em dia é uma situação da qual nós não estamos livres”, com Pedro Ramos a socorrer-se da imunidade adquirida com a vacinação e do facto de a variante Ómicro ser, aparentemente, menos grave para desvalorzar um possível aumento do número de casos associado à reabertura das escolas, ainda que, uma parte significativa dos das crianças entre os 5 e os 11 anos ainda não tenha sido vacinada.
Na conferência de ontem à tarde, o governante falava em mais de 2.300 crianças dessa faixa etária já vacinadas, o equivalente a 15% da população elegível nessas idades.
O secretário regional da Saúde referiu, ainda, que “o contacto com o vírus que agora provoca apenas uma doença leve permite adquirir mais um tipo de imunidade, que é a imunidade natural, e portanto permite reforçar o nosso sistema imunológico numa situação de alerta para situações futuras”.
O governante não deixa de notar, contudo, que os casos vão continuar a surgir, “porque estamos a testar massivamente”, deixando claro que, agora, o impacto da doença na nossa população e nos serviços de saúde vai ser muito menor.
Pelo menos até final de Janeiro, o secretário garante a continuidade da testagem gratuita semanal da população, deixando em aberto uma decisão quanto à abordagem depois dessa data. Em cima da mesa esteve o prolongar do acordo com as farmácias, clínicas e laboratórios para os três primeiros meses deste ano, mas até ao momento nada ficou definido. “Não podemos assumir nada, porque temos de ver a evolução da pandemia”, apontou Pedro Ramos.