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Unicef defende que escolas devem estar abertas apesar da Ómicron

Foto EPA/DIVYAKANT SOLANKI
Foto EPA/DIVYAKANT SOLANKI

A Unicef defendeu quinta-feira que os governos de todo o mundo devem fazer todos os possíveis para manter as escolas abertas, apesar do elevado número de infeções por covid-19 ligadas à variante Ómicron em vários países.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, que desde o início da pandemia insiste na importância de as crianças poderem ir à escola de forma presencial, considerou que essa deve ser a prioridade também nesta fase.

Num comunicado intitulado "Não há desculpas, mantenha as escolas abertas, as crianças não podem esperar", a diretora executiva da Unicef, Henrietta Forre, ressaltou que é necessário evitar "uma catástrofe" na educação.

Para isso, Henrietta Forre faz três grandes recomendações: manter as escolas abertas, vacinar os professores urgentemente e apoiar a vacinação dos alunos, mas sem pô-la como requisito para estar na sala de aula.

Como sublinhou, apesar dos "desafios sem precedentes que pandemia da covid-19 está a criar aos sistemas educativos de todo o mundo", é necessário fazer "todos os possíveis para manter as crianças nas escolas".

De acordo com Unicef, estima-se que cerca de 616 milhões de crianças sejam atualmente afetadas pelo encerramento parcial ou total dos estabelecimentos de ensino.

O organismo da ONU pede "ação decisiva para permitir que todas as crianças voltem à escola", com especial atenção para os grupos marginalizados.

Em relação à vacinação, a Unicef implora que seja dada prioridade para a imunização dos educadores, ao mesmo tempo que apoia a vacinação dos alunos.

Nesse sentido, salienta que a vacinação não deve ser um requisito para que as crianças regressem à escola, pois isso prejudica o acesso à educação e pode aumentar as desigualdades.