Artigos

Um passado que condiciona o futuro

Primeiro há que assinalar que não estamos a governar no passado

O vereador da Coligação Cumprir Santa Cruz veio recentemente a público afirmar que o JPP não pode continuar a governar como se ainda estivesse no passado, ou seja em 2013.

Estas declarações, além de revelarem a falta de vergonha na cara de quem arruinou este Município, revelam ainda a costumeira e já ridícula forma que a Coligação Cumprir Santa Cruz tem de criar realidades alternativas e falsas.

A questão do passado tem duas vertentes. Primeiro há que assinalar que não estamos a governar no passado. Sinal claro dessa diferença é que a autarquia tem hoje um rumo financeiro, um rumo de investimento e um rumo social sem precedentes no triste passado deste concelho. Os resultados positivos são precisamente o que não acontecia no passado, em 2013 e nos anos anteriores.

Segunda questão é que, apesar dos bons resultados conquistados por nós, a verdade é que o passado que estes senhores deixaram ainda tem, infelizmente, muito futuro. Ainda nos vai pesar durante mais alguns anos, ainda nos vai impedir de fazer algumas coisas. O pagamento do passado ainda custa a todos os santacruzenses, é um passado que ainda tem muito futuro.

E aqui está o problema, o passado que estes senhores deixaram não acabou. Estamos a trabalhar, estamos a investir, mas ainda estamos a pagar a ruína. Eu, mais do que ninguém, preferia que o passado tivesse sido outro. Mas se não foi outro a culpa não é da atual equipa que gere o futuro e o presente, mas que, lamentavelmente, também tem de gerir esse passado de má memória.

Sei que a Coligação Cumprir Santa Cruz não gosta que se recorde isto, querem apagar a história, mas a história nunca se apaga. E não se apaga porque o que cumpriram em Santa Cruz ainda perdura e ainda exige a quem hoje gere este município uma constante gestão do triste passado que deixaram.

Agora, vêm todos arrumadinhos e com falinhas mansas de futuro, mas isso não apaga o passado, principalmente quando o vosso passado ainda atrapalha o nosso presente e condiciona o nosso futuro.

Se ainda existe resquícios de passado na gestão presente, isso é coisa que não nos pode ser apontada como defeito, mas sim como uma fatalidade que não escolhemos e pela qual não somos responsáveis.