Élvio Sousa diz que partido é "o garante da vigia" do PS e do PSD
O presidente do Juntos Pelo Povo (JPP), Élvio Sousa, defendeu hoje que o seu partido é "o garante da vigia" do PS e do PSD e apelou aos madeirenses para o voto "útil, num partido isento".
"Eu gostaria de dizer aos madeirenses e porto-santenses para confiarem em nós, no JPP, não só para vigiar o PS e o PSD, seja na República, seja na região, mas também a oportunidade de que este é o momento certo, único, para levar um partido nascido e criado na Madeira [à Assembleia da República]", declarou Élvio Sousa, numa ação de campanha para as eleições legislativas de domingo, que decorreu no Funchal.
O presidente do JPP e cabeça de lista pelo círculo da Madeira nas eleições legislativas de domingo transmitiu uma mensagem de esperança, vincando que o partido está "à beira de eleger" e de ser uma alternativa tanto aos socialistas como aos sociais-democratas.
Élvio Sousa defendeu que o voto no JPP é "útil, num partido isento, independente" e criticou a ideia de um bloco central.
"O bloco central não deseja que o povo seja representado na Assembleia da República. Quando digo o povo, são aqueles interesses que não são instalados, que não estão viciados. E, naturalmente, é o JPP neste momento que é o garante da vigia quer do PS, quer do partido social-democrata", sustentou.
O presidente do JPP garantiu ainda que, em caso de eleger representantes nas legislativas de domingo, não vai "fazer aquilo que faz o Partido Socialista ou o PSD, que é trair os interesses dos madeirenses, como por exemplo na questão de recusar baixar o IVA da eletricidade, que iria ajudar as empresas e as famílias, ou recusar que as famílias, sobretudo nesta fase da pandemia, pudessem pagar os 300 ou os 400 euros de IMI em cinco prestações".
O JPP surgiu como movimento de cidadãos na freguesia de Gaula, no concelho de Santa Cruz, zona leste da Madeira, ganhando depois maior expressão regional ao vencer três vezes consecutivas a câmara municipal com maioria absoluta, a última das quais em 26 de setembro de 2021.
Em 2015, passou a partido e elegeu cinco deputados à Assembleia Legislativa da Madeira, onde atualmente conta com três representantes, do total de 47 que compõem o parlamento madeirense.
Dezasseis forças políticas concorrem às eleições legislativas de 30 de janeiro pelo círculo da Região Autónoma da Madeira, que elege seis deputados à Assembleia da República, onde atualmente têm assento três representantes do PSD e três do PS.
De acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), estão inscritos 256.463 eleitores e as candidaturas admitidas surgem por esta ordem no boletim de voto: Movimento Alternativa Socialista (MAS), MPT -- Partido da Terra, JPP, Alternativa Democrática Nacional (ADN), PSD/CDS-PP, PTP, RIR, Ergue-te, Bloco de Esquerda, CDU (coligação PCP/PEV), Iniciativa Liberal, PS, Livre, PPM, PAN e Chega.