BE quer colmatar falta de professores
A candidatura do Bloco de Esquerda às eleições legislativas pelo círculo eleitoral da Madeira reuniu-se com o Sindicato dos Professores da Madeira para inteirar-se das dificuldades sentidas pelos professores da Região.
Do encontro, a candidata do BE Luísa Santos concluiu que na Madeira também haverá falta de professores, sendo que, ao contrário do que afirma o Governo Regional, "a redução do número de alunos em consequência da crise demográfica não vai ser suficiente para colmatar a falta de professores que iremos ter".
O BE refere que, segundo o sindicado, só no ano passado as escolas da Madeira perderam 80 docentes. O sindicato lamenta o cansaço e desgaste dos profissionais.
A dificuldade em vincular na Madeira e consequentes dificuldades na subida de carreira pode levar, nos próximos anos, alguns professores deslocados na ilha a voltarem à sua área de residência em Portugal Continental. O método de avaliação actual só traz conflitos e injustiças entre colegas da mesma escola. Sabemos que a situação dos professores é melhor na Madeira do que em relação ao continente, houve contagem de tempo de serviço, mas é pior do que a dos Açores. Há professores que ponderam ir trabalhar para os Açores.
Durante a reunião, o sindicato propôs a reforma antecipada para os professores e que depois dos 60 anos estes não tenham componente lectiva. "Vincular com menos anos é obrigatório e necessário para garantir professores cá. Alterar o método de avaliação é também obrigatório", afirma Luísa Santos.
Para fazer face à falta de professores o Bloco de Esquerda propõe as seguintes medidas:
• Programa de vinculação extraordinária de docentes precários e alteração da norma travão;
• Criação de um regime de compensação a docentes deslocados;
• Revogação do SIADAP e o seu sistema de quotas e promoção da sua substituição por um verdadeiro sistema de avaliação que permita a justa progressão na carreira.