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Tesla aumentou entregas de veículos eléctricos em 2021 e apresenta lucros recorde

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A Tesla fechou o quarto trimestre e o ano de 2021 com lucros recorde, apoiada no aumento das entregas de veículos elétricos, apesar da escassez mundial de semicondutores que desacelerou toda a industria, revelam os resultados divulgados na quarta-feira.

Em 2021, a empresa de Austin, no Estado norte-americano do Texas, faturou 5,5 biliões de dólares, um aumento face ao ano de 2020, onde também registou um máximo de lucro líquido de 3,47 biliões de dólares.

Este foi o terceiro ano consecutivo com lucros para a fabricante de veículos elétricos e painéis solares.

"Não deve haver mais dúvidas sobre a viabilidade e rentabilidade dos veículos elétricos", salientou a empresa, em carta enviada aos acionistas.

A Tesla faturou no quarto trimestre 2,32 biliões de dólares.

A empresa faturou 2,54 dólares por ação, superando as expectativas de Wall Street, de 2,36 dólares por ação.

As receitas do quarto trimestre foram de 17,72 biliões de dólares, também cima das estimativas dos analistas, de 17,13 biliões de dólares, segundo dados da FactSet.

A Tesla entregou um recorde de 936.000 veículos no ano passado, quase o dobro de 2020.

As vendas de veículos no quarto trimestre atingiram as 308.600 unidades, também um novo máximo na empresa.

Nos dados divulgados, a Tesla referiu que o CEO Elon Musk recebeu 245 milhões de dólares no quarto trimestre, porque atingiu alguns objetivos operacionais no seu plano de remuneração.

A Tesla começou a construir o veículo utilitário desportivo, o Modelo Y, no final do ano passado na sua nova fábrica perto de Austin e, após a certificação final, planeia começar a entrega aos clientes.

A empresa revelou também que está a testar equipamentos na sua nova fábrica na Alemanha mas ainda procura obter uma licença de fabrico junto das autoridades locais.

O camião 'pickup' da Tesla, Cybertruck, continua a estar listado como "em desenvolvimento", apesar de ter sido anunciada a sua venda no ano passado.

Nos dados divulgados, a empresa explicou que conseguiu reduzir os custos no último trimestre do ano e ainda aumentar as vendas de veículos.

Mas enfrentou custos crescentes de matérias-primas e de logística e aumentou a despesa com garantias e com 'chamadas à oficina' de veículos.

O 'software' Full Self-Driving, que continua a ser testado por utilizadores selecionados e ainda não pode funcionar autonomamente, é uma das suas principais áreas de foco e a Tesla acredita que esta ferramenta vai acelerar o rendimento geral.