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IL defende ligação ferroviária directa entre Barcelos e Guimarães

Foto: EPA/OCTAVIO PASSOS
Foto: EPA/OCTAVIO PASSOS

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) defendeu hoje uma ligação ferroviária direta entre Barcelos e Guimarães, linha que custaria "menos de um décimo do que aquilo que o Governo decidiu enterrar na TAP", ou seja, 300 milhões de euros.

Esta linha ferroviária está a ser discutida há décadas e, agora que era possível incluí-la no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o PS "esquece-a pura e simplesmente", criticou João Cotrim Figueiredo, que falava durante uma viagem simbólica de comboio entre Famalicão e Guimarães, no distrito de Braga.

"Portanto, um partido que diz que quer promover a coesão territorial, quer promover o desenvolvimento das regiões, quer promover a mobilidade sustentável e reduzir as emissões de dióxido de carbono porque é que se esquece de uma linha que serve nada mais nada menos do que 500 mil pessoas", questionou.

O liberal revelou que esta ligação entre Barcelos e Guimarães, com passagem por Braga, custaria cerca de 300 milhões de euros, o que é "menos de um décimo do que aquilo que o Governo decidiu enterrar na TAP".

A companhia aérea portuguesa, acrescentou, não serve a região Norte do país.

"Parece que há regiões do país que merecem todo o investimento sem questionar e outras que mesmo com oportunidades de financiamento do PRR acabam por não ver as suas necessidades contempladas", frisou.

Além de demonstrar com esta viagem de comboio a falta de opções das pessoas, Cotrim Figueiredo quis desmascarar a "falta de coerência" entre as prioridades que o PS proclama e aquelas que depois, de facto, executa.

Atualmente, explicou Cotrim Figueiredo, quem faz a viagem entre Barcelos e Guimarães demora 02:05 e tem de mudar duas vezes de comboio, ligação que em linha reta são menos de 40 quilómetros.

De carro, as pessoas demoram cerca de meia hora para fazer esta ligação, apontou.

A IL, que tem esta linha prevista no seu plano ferroviário nacional, considerou que quem quer promover a linha férrea como alternativa ao transporte individual e ao transporte à base de combustíveis fósseis perdeu aqui uma nova oportunidade.

E, aproveitando a analogia aos comboios, João Cotrim Figueiredo aproveitou, uma vez mais, para dizer que a IL será uma "grande locomotiva" para um governo do PSD.

E, na justificação, o liberal apontou as reformas que a IL tem no seu programa, desde a saúde, impostos, segurança social ou educação.

O liberalismo é o "ímpeto reformista" que o PSD precisa, reafirmou o presidente da IL.

Cotrim Figueiredo vincou que se a IL fizer parte de uma solução governativa com o PSD irá forçar o regresso dos debates quinzenais e rever o financiamento dos partidos que continuam a beneficiar de subvenções e de isenções fiscais absolutamente "anacrónicas, inaceitáveis e incompreensíveis".