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Partidos de extrema-direita da Europa em reunião em Madrid sexta-feira e sábado

Foto: EPA/SEBASTIEN NOGIER
Foto: EPA/SEBASTIEN NOGIER

Os primeiros-ministros húngaro e polaco e a candidata presidencial francesa Marine Le Pen participam sexta-feira e sábado em Madrid numa reunião de partidos de extrema-direita e conservadores europeus, anunciou hoje o partido espanhol Vox, que organiza o evento.

Um grupo de líderes europeus estará na cimeira em Madrid para refletir sobre o futuro da Europa, segundo o Vox, contando entre os participantes com os primeiros-ministros húngaro, Viktor Orbán, e polaco, Mateusz Morawiecki.

A representação internacional é completada por Marlene Svazek (Áustria), Tom Van Grieken (Bélgica), Krasimir Karakachanov (Bulgária), Martin Helme (Estónia), Marine Le Pen (França), Valdemar Tomasevski (Lituânia), Rob Roos (Holanda) e Aurelian Pavelescu (Roménia), acrescenta o comunicado do partido de extrema-direita espanhol.

Fonte do Chega referiu à Lusa que o presidente do partido, André Ventura, foi convidado para a reunião organizada pelo Vox, mas que não irá por causa da campanha para as eleições legislativas antecipadas, que terão lugar no domingo em Portugal.

O objetivo do encontro, sustenta a força política, é continuar o trabalho iniciado durante a Cimeira de Varsóvia, realizada em dezembro: defender a Europa de ameaças externas e internas, promovendo uma alternativa que enfrente "a deriva globalista, que ameaça a União Europeia atacando a soberania das nações".

O presidente do Vox, Santiago Abascal, apontou que todos os participantes têm "grandes coincidências no diagnóstico dos desafios da Europa e na vontade de colaborar para construir uma União Europeia forte de nações soberanas que colaborem livremente", na defesa das fronteiras, da soberania e das suas raízes.

Segundo o Vox, Marlene Svazek, do partido austríaco de extrema-direita FPÖ, o belga Tom Van Grieken, do Vlaams Belang (extrema-direita flamenga) e os líderes dos partidos búlgaro, estónio, lituano, holandês e romeno também estarão presentes.

Em julho, Orban, Le Pen, Abascal e uma dezena de líderes de partidos soberanistas, incluindo o Lei e Justiça (PiS) do primeiro-ministro polaco, tinham assinado uma declaração conjunta de uma aliança no Parlamento Europeu destinada a "reformar a Europa".

Uma das questões que discutiram foi a possibilidade de votações conjuntas no Parlamento Europeu, onde atualmente fazem parte de grupos distintos, mas não concluíram uma aliança formal.