BE quer garantir a ligação marítima entre a Madeira e o continente português
A candidatura do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral da Madeira abordou esta quarta-feira, 26 de Janeiro, a questão da ligação marítima entre a Madeira e o território nacional.
Miguel Silva, porta-voz da iniciativa, referiu que o Bloco de Esquerda considera que a falta de um serviço público como a ligação marítima entre a Madeira e o continente português "viola a norma do princípio da continuidade territorial".
O Bloco de Esquerda garante que na Assembleia da República "irá dar continuidade à luta por um serviço público com a importância da ligação marítima entre a Madeira e o território continental português, financiado pelo Orçamento de Estado".
"Partindo do princípio que a continuidade territorial deveria ter como objectivo a coesão entre o território continental e insular, estranhamente continuamos sem ligação marítima e sem financiamento do Orçamento de Estado para a mesma", disse Miguel Silva.
O candidato referiu ainda que, "ao longo dos anos e contrariamente ao defendido pelo presidente do governo regional, houve interesse continuado e reforçado por parte dos madeirenses e porto-santenses por uma ligação marítima entre a Madeira e o território continental português, viabilizando a mesma.”
O Bloco de Esquerda sempre defendeu no parlamento a adopção de benefícios e ajudas a favor dos cidadãos e cidadãs das regiões autónomas, numa óptica de valorização das especificidades regionais e no combate às assimetrias decorrentes da insularidade, sabendo da importância económica e financeira que um serviço de ferry traz a uma região ultraperiférica como a Região Autónoma da Madeira. Sabemos que o ferry, enquanto meio de transporte para passageiros e carga, só traria vantagens, potencializando o tecido económico regional nos seus vários sectores. O expectável incremento nas exportações e no turismo é imensurável do ponto de vista económico. A falta de meios de transporte ágeis de matérias primas, bem como de produtos frescos cuja produção a ilha não tem demanda, afecta inclusive o desenvolvimento social regional, encarecendo o preço dos produtos para os madeirenses e porto-santenses e aumentando naturalmente o seu custo de vida.
Assim, o BE defende a reposição da ligação marítima entre a Madeira e o continente através do ferry, que "poderá e deverá ser usada como solução para a falta de ligação entre a ilha da Madeira e Porto Santo, no mês em que esse serviço fica inoperante por falta do Lobo Marinho cujo o seu propósito seria unir ilhas".