eleições legislativas Madeira

PAN questiona se famílias e empresas vão conseguir pagar taxas de juro mais altas

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A candidatura do PAN à Assembleia da República deu continuidade esta quarta-feira, 26 de Janeiro, à sua campanha eleitoral, desta feita no Funchal com iniciativas junto ao Banco de Portugal, Loja do Cidadão e Secretarias Regionais do Mar e do Turismo.

O cabeça-de-lista do PAN pelo círculo da Madeira, Joaquim José Sousa, deixou uma série de reparos ao Governo de Miguel Albuquerque, a começar pela criação de empresas: "Segundo o Relatório do Banco de Portugal para 2020 quase 50% das empresas da RAM estão descapitalizadas, sendo a região do país onde esta situação mais aumentou. E a pergunta que se coloca é para que serviram então os 100 Milhões de euros e outros apoios e outros que segundo Rui Barreto permitiriam capitalizar as empresas e manter os postos de trabalho?"

Quanto ao aumento da retribuição mínima mensal, o candidato afirma que "será ainda mais diminuto por quanto a taxa de inflação prevista para a zona euro varia entre os 2 a 3% e os juros da dívida vão subir entre 2 a 5%, consequência normal do aumento da inflação". O PAN questiona se as empresas e as famílias vão conseguir pagar os "juros mais altos aos bancos".

Isto significa que a dívida da Madeira sofrerá com este aumento. Por outro lado, a actualização do salário mínimo de 13 € não irá cobrir a taxa de inflação prevista e os juros que vão subir. 

Na questão da pandemia na Região, Joaquim José Sousa refere que "naturalmente vão aparecer menos casos de covid-19 ou por não se fazerem testes ou por todos estarem infectados".

Relativamente à subsiodependência o partido lamenta que o chefe do executivo madeirense "não aposte no mérito e nas competências dos jovens da Madeira, exceptuando os que possuem cartão laranja, pois se Miguel Albuquerque diz que não gosta do estado subsídio-dependentes deve estar a falar para si mesmo, aliás não existe região em Portugal onde os subsídios estejam mais implementados".

Uma parte destes subsídios servem para complemento de renda de muitas famílias, é verdade, mas muitos outros servem para alimentar vícios e alguns deles levam a que algumas pessoas não aceitem empregos preferindo efectivamente viver do subsídio. É este o mérito que Miguel Albuquerque defende, e se a república não der mais dinheiro acena com o fantasma da independência.