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Joe Biden preparado para impor sanções contra Vladimir Putin

Foto EPA
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O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden garantiu hoje que está preparado para impor sanções contra Vladimir Putin, caso o seu homólogo da Rússia avance com a invasão à Ucrânia.

Joe Biden respondia a uma pergunta de um jornalista, sobre se considerava sancionar pessoalmente o Presidente russo, durante uma visita a uma pequena empresa em Washington.

O chefe de Estado norte-americano respondeu "sim" e depois "posso conceber", noticia a agência AFP.

Os países ocidentais acusam a Rússia de pretender invadir novamente o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014, e de alegadamente patrocinar, desde então, um conflito em Donbass, no leste da Ucrânia.

A Rússia nega quaisquer planos para uma invasão, mas associa uma diminuição da tensão a tratados que garantam que a NATO não se expandirá para países do antigo bloco soviético.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou hoje que terá uma conversa telefónica sobre a crise ucraniana com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na sexta-feira.

O Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, afirmou que a ameaça de um ataque militar da Rússia contra a Ucrânia é "o último exemplo" de que "a Europa está em perigo".

Dirigindo-se a eurodeputados, em Bruxelas, num debate sobre a "Bússola Estratégica", o documento que vai definir a futura política de segurança e defesa do bloco europeu, atualmente a ser negociado pelos 27 com vista à sua adoção em março, o chefe da diplomacia europeia salientou a importância de a Europa reforçar as suas capacidades e autonomia estratégica, dando a tensão a Leste como exemplo das ameaças que pairam sobre a Europa.

Os Estados Unidos fizeram chegar hoje a Kiev o terceiro avião com ajuda militar para a Ucrânia, no dia em que a República Checa anunciou que vai oferecer munições antiaéreas para dissuadir uma eventual invasão russa.

Moscovo manifestou também esta terça-feira "grande preocupação" com a decisão dos Estados Unidos de colocar 8.500 militares em "alerta máximo" para um possível destacamento na Europa de Leste devido à escalada de tensões sobre a Ucrânia. A NATO também anunciou o reforço dos seus efetivos em países da frente oriental da Aliança Atlântica.