PAN defende mais investimento na educação
Os candidatos do PAN pelo círculo da Madeira dedicaram a iniciativa eleitoral desta terça-feira, 25 de Janeiro, ao sector da educação e nas implicações que esta tem para o futuro do país.
Em reunião com a secção regional da Madeira da Associação Nacional de Professores (ANP), o cabeça-de-lista da candidatura, Joaquim José Sousa, destacou a importância da educação, enquanto "elevador social", acrescentando que o País tem de apostar nessa ferramenta para alcançar maior competitividade. Por sua vez, Nelson Almeida defendeu que Portugal tem de investir em educação "no mínimo 6% do orçamento de estado, como se comprometeu com as organizações internacionais e não os 4% que investe actualmente".
O Porta-Voz do PAN referiu ainda que considera a ANP uma organização de classe importante, lamentando a multiplicidade de sindicatos que "apenas dividem e retiram força a uma classe estruturante para o desenvolvimento da região e do País".
Propostas do PAN para a educação
- Quem tiver 40 anos de serviço e 60 anos de idade deve ter o direito à reforma;
-"As carreiras não são justas, pois existem professores com 20 anos de serviço não podem estar no 4º escalão, entende o partido que ou está a falhar a avaliação (que leva a que os professores não progridam) ou o docente não têm competência, se não tendo competência devem sair – se está a ser prejudicado pela administração deve ser reposicionado na carreira";
- As notas de avaliação de desempenho públicas – "pois é inconcebível que o docente só saiba a sua nota e não tenha conhecimento das restantes notas de avaliação dos colegas –a opacidade não pode ser a regra";
- A escola deve ser um espaço democrático – "com limitação de mandatos dos órgãos de gestão, máximo de três mandatos nos órgãos de gestão";
- A falta de professores nos vários grupos disciplinares na região e no país – "considera o partido que seria importante ligar a Universidade da Madeira à resolução deste problema, seja na formação inicial de professores, seja na sua formação continua";
- O combate ao assédio moral – "considera o partido que as Inspeções de Educação deve ser organismos independente e não uma direção de serviço na dependência do Ministro ou dos Secretários Regionais";
-Plano Nacional/ Regional de Recuperação de aprendizagens – "existe a nível nacional, não existe a nível regional, no entanto considera o PAN que 2 anos de pandemia e 4 meses de instabilidade têm um peso que não se pode nem; deve ignorar";
- Alimentação na escola deve ser saudável/ biológica - "O critério de adjudicação da alimentação nas escolas não pode ser o mais baixo preço, mas antes a qualidade da alimentação servida nas mesmas";
- O ordenado dos docentes no início de carreira – "Um docente ganhar ao fim de 16 anos de estudo 1200€ não é aceitável, a valorização de uma profissão faz-se e muito pela sua remuneração";
- Número de alunos por turma – "O partido defende o referencial de 15 alunos por turma do 1º, 2º, 3º ciclo e ensino secundário, 12 crianças no pré-escolar e oito crianças na creche";
- Número de Psicólogos nas escolas - "As depressões e fobias motivadas pela pandemia devem ser trabalhadas em ambiente escolar, para que as sequelas não sejam permanentes e afetem as crianças num quadro pré depressivo ou depressivo";
- Reformulação dos Currículos, que são muito extensos e atabalhoados;
- Aposta nacional/ regional no desporto e nas artes – "O partido entende que o sedentarismo é um problema grave entre os nossos jovens, que associado à dependência das novas tecnologias limitam as capacidades física e a abertura às artes por parte dos jovens no nosso modelo educativo, defende o partido que a Educação Física deveria ser disciplina diária e conjuntamente com as Artes a grande aposta nacional até ao final do 3º ciclo".