Mundo

Saiba o que hoje é notícia

None

Os votos dos mais de 13 mil idosos em lares e pessoas em confinamento devido à covid-19 que pediram para votar antecipadamente nas legislativas começam hoje a ser recolhidos, num processo de dois dias por todo o país.

No total, são 13.118 eleitores, entre idosos em lares e pessoas em confinamento obrigatório por estarem infetadas com o SARS-CoV-2, que vão poder votar sem sair à rua entre hoje e quarta-feira.

De acordo com os dados finais da administração eleitoral da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna inscreveram-se 397 cidadãos na modalidade de voto antecipado em confinamento e 12.721 cidadãos internados em estruturas residenciais para idosos.

O processo não é novidade e foi há um ano que as autarquias se organizaram pela primeira vez para ir recolher aos lares e ao domicílio dos eleitores em confinamento os boletins com a escolha para Presidente da República.

Como já aconteceu nas anteriores eleições presidenciais e autárquicas, durante os dois dias reservados ao processo equipas das câmaras municipais, acompanhadas por representantes dos partidos, vão porta a porta recolher os votos.

Depois de preenchidos, os boletins serão guardados em dois envelopes -- primeiro num envelope branco que é depois colocado num outro envelope azul -- e devolvidos ao presidente da câmara ou a quem o substitua.

Numa nota enviada na segunda-feira, o Ministério da Administração Interna apela a todos os eleitores para "o rigoroso cumprimento das normas de segurança sanitária durante o exercício de voto, garantindo a segurança do processo", nomeadamente utilização de caneta própria, máscara, distanciamento social e higienização das mãos.

A inscrição para o voto antecipado em confinamento ou em lares só foi possível entre os dias 20 e 23, mas os eleitores que não o fizeram e estejam a cumprir isolamento no dia das eleições, em 30 de janeiro, podem excecionalmente votar presencialmente nesse dia, depois de o Governo ter pedido um parecer ao conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República.

O Governo recomendou aos eleitores nessa situação que votem num período específico, entre as 18:00 e as 19:00, aconselhando os restantes cidadãos a fazê-lo entre as 08:00 e as 18:00.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O Festival de Cinema Infantil e Juvenil IndieJúnior Porto começa hoje, com cerca de 50 filmes para escolas e famílias, que vão abordar temas como "a hospitalidade, o civismo e a natureza".

Esta será a sexta edição do IndieJúnior Porto e entre a meia centena de propostas cinematográficas estão duas longas-metragens: "A Traviata, os meus irmãos e eu" e "A Travessia".

O IndieJúnior Porto decorrerá no Teatro Rivoli, na biblioteca municipal Almeida Garrett, na Casa das Artes, no Maus Hábitos e na Reitoria da Universidade do Porto.

Até ao dia 30 haverá "cinema de colo", com sessões de filmes muito curtos para bebés, uma conferência com a realizadora e desenhadora Joana Toste, que tem no festival o filme "A menina parada", e uma oficina para os mais pequenos, para ensinar como se dá movimento a um desenho.

DESPORTO

Benfica e Boavista defrontam-se num embate entre primodivisionários, em jogo das meias-finais da edição de 2021/22 da Taça de Liga de futebol,

Os 'encarnados' procuram alcançar a oitava final na prova, fase à qual não chegam desde 2015/16, quando ergueram pela última vez o troféu, enquanto os 'axadrezados' tentam atingir pela primeira vez o jogo decisivo.

A equipa treinada por Nélson Veríssimo está privada de Otamendi e Darwin Nuñez, em representação de Argentina e Uruguai, e dos lesionados Seferovic e Lucas Veríssimo, tal como sucede com o defesa Tiago Ilori, do lado do Boavista, igualmente desfalcado dos internacionais Yusupha, Alireza Beiranvand, Reggie Cannon e Jackson Porozo.

O jogo entre Benfica (terceiro classificado da I Liga) e Boavista (11.º), com início às 19:45 e arbitragem de Fábio Veríssimo, será disputado no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, palco da 'final four' da Taça da Liga pelo segundo ano consecutivo e que acolherá também a final de sábado.

O vencedor de hoje disputa o jogo decisivo com a equipa que se impuser na segunda meia-final, na quarta-feira, entre Sporting, campeão nacional, detentor do troféu e segundo clube com mais títulos (três, conquistados nas últimas quatro edições), e Santa Clara, em busca da primeira presença na final de uma prova nacional.

INTERNACIONAL

O Presidente francês, Emmanuel Macron, desloca-se hoje a Berlim para um encontro com o chanceler alemão, o social-democrata Olaf Scholz, para debater questões relacionadas com a presidência semestral francesa do Conselho da União Europeia (UE), que arrancou no dia 01 de janeiro.

A troca de impressões "sobre o início da presidência francesa da UE estarão no centro da reunião. A presidência alemã [anual] do G7 [grupo das sete maiores economias do mundo] e a atualidade internacional também serão discutidas", referiu, na passada sexta-feira, a porta-voz do executivo alemão, Christiane Hoffmann, acrescentando que também serão discutidas questões relacionadas com as relações franco-alemãs.

Trata-se da primeira visita do chefe de Estado francês ao parceiro alemão desde que Olaf Scholz tomou posse como chanceler no início de dezembro, sucedendo a Angela Merkel que esteve no poder durante 16 anos.

Cumprindo uma tradição pós-guerra, a primeira deslocação ao estrangeiro do chanceler social-democrata foi a Paris, em 10 de dezembro.

Nessa ocasião, os dois líderes expressaram as suas opiniões "convergentes" sobre a Europa e o desejo mútuo de "trabalhar em conjunto" face aos grandes desafios internacionais.

PAÍS

A Câmara de Lisboa volta hoje a reunir-se para a votação da proposta de orçamento municipal para 2022, que prevê uma despesa total de 1,16 mil milhões de euros, estando já garantida a aprovação, com a abstenção do PS.

A governar a cidade sem maioria absoluta, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), vai conseguir a aprovação do seu primeiro orçamento, uma vez que, dos 17 elementos que compõem o executivo camarário, se prevê, segundo a antecipação do sentido de voto feita pelos próprios, sete votos a favor dos eleitos da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), cinco abstenções dos vereadores do PS e cinco votos contra da restante oposição, nomeadamente dois do PCP, um do BE, um do Livre e um da vereadora independente (eleita pela coligação PS/Livre).

Depois de aprovado pela câmara, o orçamento tem de ser votado na Assembleia Municipal de Lisboa, o que está previsto acontecer na quinta-feira.

O processo de votação do orçamento e das grandes opções do plano para 2022-2026 deveria ter ficado concluído na quinta-feira, mas a reunião foi interrompida, após o PS ter alertado para "um erro de 40 milhões de euros" na distribuição das verbas, nomeadamente na habitação.

Face à suspensão dos trabalhos, Carlos Moedas acusou o PS de "irresponsabilidade" e de estar a fazer "jogo político" ao "bloquear completamente uma reunião, inventando um erro que não existe".

Em resposta, os socialistas consideraram que "só uma notável vontade para criar uma crise política artificial pode ter levado o presidente da autarquia a falar em bloqueio da única força política, neste caso o PS, que vai viabilizar o orçamento da câmara".

Apesar de afirmar que "não havia erro nenhum", o autarca do PSD reconheceu a necessidade de alterar a classificação da despesa para a habitação, uma vez que a verba prevista também inclui reabilitação, sobretudo de creches.