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Autoridade de Saúde sul-africana apela a que não se confunda malária com covid-19

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O Instituto de Doenças Infecciosas da África do Sul (NICD, na sigla em inglês) apelou, esta segunda-feira, aos profissionais de Saúde que não confundam os sintomas da malária com a doença da covid-19 provocada pelo SARS-CoV-2.  

"Apesar de a África do Sul estar a entrar no pico da temporada da malária, muitos casos de malária estão a ser mal diagnosticados como covid-19", alertou em comunicado a instituição de Saúde sul-africana.

Segundo o instituto, tanto a malária -- doença infecciosa transmitida por mosquitos - como a covid-19 apresentam "sintomas iniciais não específicos semelhantes", nomeadamente febre, calafrios, dores de cabeça, fadiga e dores musculares, sublinhando que "a malária não diagnosticada e não tratada progride rapidamente para uma doença grave e potencialmente fatal".

"Qualquer pessoa que apresente febre ou doença semelhante à gripe, se residir em área de risco de malária no Limpopo, KwaZulu-Natal e Mpumalanga ou tiver viajado para uma área de risco de malária, especialmente Moçambique, nas últimas seis semanas, deve fazer um teste de malária através de uma análise microscópica ao sangue ou de um teste de diagnóstico rápido", salientou a instituição sul-africana.

"Se o resultado for positivo, o paciente deve iniciar o tratamento da malária imediatamente", adiantou.

O Instituto de Doenças Infecciosas sul-africano indicou que os pacientes devem informar o médico de família, principalmente se viajarem para países vizinhos e zonas de risco de malária na África Sul, "para que o profissional de saúde fique ciente da possibilidade de existência de malária".

"A malária deve ser considerada em pacientes com febre inexplicável que não viajaram para zona endémica de malária, mas estando progressivamente mais doentes", frisou.

A doença da malária encontra-se disseminada em grande parte dos países da África subsaariana, Ásia e América Latina.

Na África do Sul, a malária é transmitida principalmente ao longo das áreas fronteiriças, sendo prevalecente com elevada incidência em três das nove províncias do país, segundo as autoridades de saúde de Pretória.

"Limpopo, Mpumalanga e KwaZulu-Natal são endémicas para a malária e 10% da população, aproximadamente 4,9 milhões de pessoas, corre o risco de contrair a doença", refere a página oficial do Ministério da Saúde sul-africano.

Segundo o Governo, a transmissão da malária na África do Sul é sazonal, entre outubro e maio, com picos no número de casos de infeção nos meses de janeiro e fevereiro.