Iniciativa Liberal propõe solução na mobilidade aérea com base em mais concorrência
A candidatura do partido Iniciativa Liberal - Madeira à Legislativa de 30 de Janeiro para a Assembleia da República propõe uma solução na mobilidade aérea com base em mais concorrência. A proposta foi avançada hoje no Porto Moniz, onde a campanha decorreu com contactos com a população.
"Um dos assuntos que mais afecta os madeirenses é a sua mobilidade, a sua capacidade de rapidamente e com custos controlados poderem viajar, deixando o espaço das ilhas que o mar limita", justifica. "O Iniciativa Liberal gosta sempre de ver o mercado a funcionar livremente, de maneira que a concorrência proporcione a todos, preços baixos. Para isto acontecer, muitas vezes, há a necessidade de haver escala, para que a quantidade também exerça o seu poder regulador", acreditam.
Assim, recordam, "com a liberalização procurou-se que mais companhias aéreas voassem para o arquipélago regularmente. Isso não aconteceu, pois continuamos com a inenarrável companhia de bandeira à qual se juntou a EasyJet e o voo diário de e para o Porto da Transavia. Ou seja, rapidamente ficámos com uma espécie de oligopólio, onde os preços para residentes não diferem muito e tresandam a arranjinho", acusam.
Segundo Duarte Gouveia, cabeça-de-lista do IL em declarações feitas durante a visita ao Porto Moniz, “temos que incentivar a criação de um modelo que torne vantajosas as condições para todas as companhias aéreas que queiram fazer voos nacionais de e para a Madeira e Porto Santo. O modelo apoia-se numa premissa: porque é que em vez de serem patrocinados os bilhetes dos passageiros não se patrocinam as companhias que para cá queiram voar? Como? Vamos dar dinheiro às companhias? Não. Consideramos um apoio que passará pela isenção do pagamento de todas as taxas que um avião paga à chegada e à partida”, propõe.
E acrescentou: “Ou seja, do dinheiro que agora é gasto para apoiar o passageiro residente pagar-se-iam à ANA as taxas devidas pelas companhias que assegurassem os voos domésticos de e para o arquipélago, cobrindo os custos fixos. Uma negociação entre as partes de modo a acertar um valor anual de compensação que fosse independente do número de chegadas e partidas. Retirando este custo à equação, certamente teríamos mais companhias interessadas em voar para a Madeira, aumentando assim o número de voos, a oferta, fazendo com que os preços das passagens baixassem significativamente, porque ficam mais bilhetes disponíveis e que não são onerados pelo pagamento das taxas.”
Deste modo, o Iniciativa Liberal - Madeira "tem a certeza de que assim se criaria a escala suficiente para que o sistema funcionasse com normalidade", ressalvando que, "obviamente que esta solução terá que ser devidamente estudada, estruturada e testada de modo a verificar da sua eficácia, devendo haver um período em que os dois sistemas funcionariam em paralelo", acrescenta.
Entretanto, Duarte Gouveia aproveitou para denunciar o facto de "o actual governo socialista de Lisboa não fazer caso de legislação aprovada na Assembleia da República que visava facilitar a vida dos madeirenses, fazendo com que estes só tivessem que pagar os 86€ e o remanescente acima dos 400€, competindo o restante pagamento ao Estado directamente às companhias".