PAN preocupado com envelhecimento na costa norte da Madeira
A candidatura do PAN às eleições legislativas alertou, hoje, para o problema do envelhecimento da população e despovoamento da costa norte da Madeira, tendo defendido medidas de incentivo à fixação de população jovem, que actualmente vê-se forçada a emigrar devido à falta de oportunidades. "O norte da Madeira está despovoado e as pessoas que restam agora são essencialmente idosos", alguns dos quais vivem em casas sem condições e onde “passam frio”, disse o cabeça-de-lista, Joaquim Sousa, no final de um périplo entre o Porto Moniz e o Porto da Cruz.
Uma nota de imprensa da candidatura constata que a população jovem escasseia na costa norte e os idosos vêm-se obrigados a continuar a trabalhar a terra para desta tirarem algum sustento porque têm baixas reformas. No entender de Joaquim Sousa, este “é um grande problema” da Madeira, sendo a região do país que mais envelheceu na última década. “Não tivessem regressado os luso-descendentes da Venezuela e a desgraça seria maior”. Visto ser também a região com a maior taxa de risco de pobreza do país, o candidato sugeriu que a coligação “PSD e CDS devia mudar o lema de ‘Madeira Primeiro’ para ‘Madeira em último’, que é o grande legado de Miguel Albuquerque à frente da Região”.
O cabeça-de-lista do PAN descreveu que “a Madeira tem cerca de 83 mil pobres” e por isso defendeu que a Região deveria “aproveitar o PRR para mudar o modelo de desenvolvimento assente no betão em todo o lado e no dinheiro que vem de fora para um modelo de desenvolvimento assente no conhecimento, no mar, na agricultura biológica de qualidade”, bem como no “investimento que crie postos de trabalho qualificados e no turismo científico e sustentável”, pois “só assim poderemos quebrar o ciclo da pobreza, que empurra os jovens para a imigração” ou os “impede de sair de casa dos pais, de ter a sua própria casa, de constituir família e de ter filhos”. “O PAN entende que é de interesse nacional e por conseguinte regional proporcionar condições para que um jovem licenciado tenha um vencimento mínimo de técnico superior, para incentivar a competência e o mérito, pois só através da inovação e do conhecimento podemos almejar o desenvolvimento sustentável que tanto ambicionamos e merecemos. O cartão do PSD ou do PS não é claramente sinonimo de mérito, nem pode ser currículo de ninguém”, lê-se na mesma nota partidária.