A falácia da “falência”
David Neeleman (DN) ex-acionista da TAP acusou António Costa (AC) de no debate com Rui Rio ter “faltado à verdade” e “afirmações falsas” para o seu “nome e reputação”. Disse AC: “Se o Estado não tivesse readquirido 50% do capital depois de ele ter sido alienado já depois da queda do governo de Passos Coelho, quando o senhor Neeleman foi à falência em todo o mundo, a TAP tinha ido para o buraco com o senhor Neeleman”; “Comprámos para prevenir precisamente que aquele privado que lá estava e que não merecia confiança, não daria cabo da TAP no dia em que fosse à falência. Em 2020, as empresas do senhor Neeleman foram caindo em todo o mundo”. Quem é o mentiroso DN ou AC?
Infelizmente para nós portugueses/as o mentiroso tem sido e continua a ser AC. Na privatização em 2015 a TAP estava em falência técnica e nos últimos 46 anos só não deu prejuízos em 2 e 1 foi em 2017, quando ainda lá estava o acionista DN que segundo AC “não merecia confiança”. Em Abr/2020 AC reconheceu em entrevista à RTP que até à pandemia o plano estratégico definido para a TAP e aprovado pelo governo de AC estava a ser cumprido, o que prova que AC alinha pela máxima de um antigo dirigente do futebol “o que hoje é verdade amanhã é mentira”. A Bloomberg considerou DN como “o mais bem-sucedido empresário do setor da aviação nos EUA”, tendo em Abr/2021 lançado uma nova companhia aérea a Breeze Airways. Das várias companhias onde atualmente tem participações nenhuma faliu. Com a falácia da “falência” de DN, AC tentou uma vez mais, e já são tantas, enganar-nos para justificar o injustificável os 3.200 milhões de euros que enterrou à custa dos contribuintes portugueses na TAP, essa sim um verdadeiro “buraco”.
AC quando não tem argumentos credíveis mente sem pestanejar. Quererão portugueses/as continuar a ter como primeiro ministro alguém que não tem quaisquer escrúpulos em mentir e distorcer a realidade dos factos? Espero bem que não, a bem de Portugal e da democracia.
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