PSD quer que República clarifique papel da Madeira no Banco de Fomento
“Ainda que, graças ao papel interventivo do Governo Regional, o Governo da República tenha assinado um protocolo que permite, às empresas da Região, aceder às medidas que venham a ser lançadas pelo Banco de Fomento, cuja missão refere ‘a promoção da sustentabilidade e a coesão económica, social e territorial do País’, a verdade é que há um conjunto de questões relevantes por definir que continuam pendentes e que são fundamentais ao tecido empresarial, tanto mais nesta fase de recuperação pós-pandemia” afirmou, hoje, a candidata pela coligação PSD/CDS “Madeira Primeiro”, Patrícia Dantas, alertando para a urgência do Estado atender às pretensões que a Região apresentou nesta matéria.
Reivindicações que envolvem, por um lado, a participação da Região no Capital Social deste Banco e, também, o envolvimento da Madeira na definição dos produtos que o Banco de Fomento irá disponibilizar, “os quais, para cumprirem o seu efeito, têm de atender à realidade regional”.
“O Governo da República assumiu o compromisso de analisar e de dar os passos seguintes quanto às reivindicações apresentadas mas, até agora, nada aconteceu”, frisou, acrescentando que “é preciso que a Região saiba como, quando, com que fonte de financiamento e em que moldes é que vai participar no Capital Social do Banco de Fomento e, também, se vai ou não ter capacidade de intervenção para decidir e definir os produtos a disponibilizar às empresas”. E isto, sublinha, “porque de nada vale ter acesso a uma resposta que é positiva se a mesma não corresponde às especificidades e necessidades do nosso tecido empresarial – quer seja na sua dimensão ou setor de atividade, por e exemplo – e se, efetivamente, a Região não tem uma palavra a dizer na atuação desta nova estrutura”.
Na prática, reforça Patrícia Dantas, “estamos perante instrumentos complementares ao setor bancário tradicional que são fundamentais para a retoma económica da Região e que são urgentes quer à recuperação e progressiva estabilidade das nossas empresas, quer à manutenção dos postos de trabalho”, preocupações que deveriam ser prioridade para quem governa o País, tanto mais à luz das graves dificuldades que se acentuaram com a pandemia.
“A solidariedade não se apregoa, pratica-se, e, também aqui, a solidariedade do Estado tem de ser efetiva”, remata, por fim, a candidata, assumindo o compromisso de insistir, na Assembleia da República, para que passe a haver uma interlocução direta entre os Governos e para que todos os apoios e ajudas complementares que existam a nível nacional “possam chegar às nossas empresas, tal como seria de esperar, sem qualquer exigência ou insistência, caso o Governo da República olhasse para o País como um todo.”